Johann Gottfried Schadow -
Princesa Louise e princesa
Frederica da Prússia (1795-1797)
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A sede da Antiga Galeria Nacional foi construída entre os
anos de 1867 e 1876, como o terceiro edifício da Ilha dos Museus, em Berlim, na
Alemanha, e baseado no projeto de Friedrich August Stüler, que foi aluno de
Karl Schinkel. Concebido para ter a aparência exterior de um templo da arte,
possui interiores luxuosos e especialmente concebidos para exibir obras-primas
da escultura e pintura do século XIX e do início do século XX. No centro da
escadaria monumental do prédio há uma estátua de bronze do rei da Prússia
Friedrich Wilhelm IV montado em um cavalo.
Edouard Manet - Jardim de Inverno (1879)
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O edifício foi severamente danificado durante a Segunda
Guerra Mundial e parte do seu acervo se perdeu. Restaurado logo depois do
término da guerra, foi reaberto parcialmente em 1949, e já estava de novo
funcionando plenamente em 1955, expondo também peças de arte contemporânea.
Como resultado da divisão da Alemanha no pós-guerra, a coleção também foi
repartida. A maioria das peças principais permaneceu no lado oriental, sendo
que a seção do século XIX foi exposta na Orangerie e depois na Galeria do
Romantismo do Castelo de Charlottenburg*, só voltando à sua sede original no
início da década de 1990. Depois da reunificação da Alemanha as obras modernas
e contemporâneas foram transferidas para a Neue Nationalgalerie (Nova Galeria
Nacional) e outros museus. Entre 1998 e 2001 a Antiga Galeria passou por nova
restauração, como parte das obras de revitalização da Ilha dos Museus - que só
terminarão em 2015.
Auguste Renoir - No Verão (1868)
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Conhecendo a galeria
Entrando no monumental edifício de estilo clássico, o
visitante sobe a belíssima escadaria de mármore sobre um tapete vermelho que se
estende para recebê-lo, e chega ao magnífico hall de entrada da galeria. No
primeiro pavimento estão expostas esculturas de Johann Gottfried Schadow,
Antonio Canova, Ridolfo Schadow, Berthel Thorvaldsen, Reinhold Begas e
Constantin Meunier, entre outros, e pinturas de Franz Krüger, Caspar David
Friedrich, Karl Friedrich Schinkel e de Adolph von Menzel, incluindo obras
importantes como A sala da varanda e Moinho de Ferro, além de outras que
retratam assuntos significativos da história da Prússia. Menzel dirigiu-se à
dura realidade, presente no quadro Moinho de Ferro (foto): Ele ilustrou o
trabalho duro na indústria do aço de forma impiedosamente realista, que era
muito nova para a época.
Menzel magistralmente capturou a atmosfera sombria do grande
salão e a labuta dos homens iluminados pelo aço brilhante. Os homens à esquerda
do quadro se lavam após o trabalho feito, enquanto à direita uma refeição é
devorada rapidamente durante uma pausa.
Uma das obras mais populares do museu encontra-se exposta no
primeiro pavimento. Trata-se da escultura de Johann Gottfried Schadow, Princesa
Louise e princesa Frederica da Prússia (1795-1797). Essa grande obra
neoclássica de Berlim retrata duas lindas princesas - Louise, mais tarde rainha
da Prússia, e sua irmã mais nova Frederica. A escultura foi instalada na
galeria pela primeira vez em 1945, saiu para Charlottenburg e depois voltou.
O segundo pavimento é dedicado à pintura do Impressionismo,
com obras-primas de Édouard Manet, Pierre-Auguste Renoir, Claude Monet, Edgard
Degas e Paul Cézanne, e pinturas do século XIX de autores como Hans Thoma,
Anselm Feuerbach, Arnold Böcklin, Hans von Marées, Wilhelm Leibl, uma extensa
coleção de peças de Max Liebermann, e por fim as esculturas de Auguste Rodin,
incluindo O Pensador. Embora a Galeria Nacional inicialmente apenas
colecionasse arte alemã, essa restrição foi abolida em 1900 pelo ex-diretor
Hugo von Tschudi, permitindo a entrada no museu de obras dos principais
pintores franceses da época.
Max Beckmann - Small Death Scene
(Pequena cena de morte)
1906
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Entre as pinturas dos mestres do Impressionismo, destacamos
dois quadros, o Jardim de Inverno, de Manet, e No Verão, de Renoir. A pintura
de Manet (foto ao lado) representa mais do que apenas o retrato de um casal que
eram seus amigos. A composição psicologicamente perspicaz e inteligente retrata
uma pausa momentânea na conversa. Ambas as figuras parecem profundamente
absortas em seus próprios pensamentos. A mulher olha para o espaço, enquanto o
homem se inclina sobre o encosto do banco do jardim em um contraste sugestivo
para a roupa fina de classe média alta de ambas as figuras. No quadro de Renoir
(foto acima), a bela jovem sonhadora era Lise Théhot, amante do pintor.
Enquanto a figura é pintada no estilo de pintura do salão do século 19, a representação da
vegetação no fundo aponta para o impressionismo.
Auguste Rodin - O Pensador
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O Pensador, de Rodin, é considerado como uma das mais
conhecidas e mais importantes obras da escultura moderna. A figura muscular
fica pensando em uma pedra áspera. O Pensador tem o ser humano como seu tema
central, aquele que aproveita de seu próprio mundo intelectual sozinho, sem a
segurança oferecida a ele pela religião, por exemplo. Assim, o monumento é uma
celebração da liberdade espiritual, mas ao mesmo tempo é consciente da profunda
solidão que essa liberdade pode levar a humanidade.
O terceiro pavimento mostra a arte da época de Goethe, com
paisagens de Jacob Philipp Hackert, retratos de Anton Graff e pintores do seu
círculo, incluindo artistas alemães trabalhando em Roma, os chamados Nazarenos:
Peter Cornelius, Friedrich Overbeck, Wilhelm Schadow e Philipp Veit. Também
estão expostos os afrescos decorativos executados pela Casa Bartholdy de Roma,
que constituem uma das mais belas séries da época. Duas salas expõem obras
capitais do Romantismo, com pinturas de todas as fases de Caspar David
Friedrich, uma coleção de obras de Carl Blechen, retratos de Joseph Anton Koch
e Gottlieb Schick, paisagens de Joseph Anton Koch e Carl Rottmann, entre outras
obras de arte. Entre as obras de Carl Blechen, destaca-se a pintura
Desfiladeiro em Amalfi. A
obra de Carl marca a transição entre o Romantismo e o Realismo. Ele pintou o
desfiladeiro em Amalfi, após uma viagem através da Itália em que ele cruzou o
Valle dei Molini. Além da paisagem espetacular, Blechen também estava
interessado nos contrastes entre natureza e civilização, esta última
representada pela fumaça esvoaçante na chaminé.
Carl
Blechen - Desfiladeiro em Amalfi
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A Antiga Galeria Nacional faz parte do complexo de museus da
Ilha dos Museus, em Berlim, abrigando uma das mais importantes coleções de arte
do século XIX e início do XX, incluindo obras de Pierre Auguste Renoir, Edouard
Manet, Auguste Rodin, Antonio Canova, Caspar David Friedrich, Karl Friedrich
Schinkel e de Adolph von Menzel. Uma visita à Alte Nationalgalerie é fazer um
passeio pelos movimentos artísticos do século XIX. São obras espalhadas pelos
três andares do museu que representam o Neoclassicismo, o Romantismo, o
Impressionismo, o Simbolismo, a Art Nouveau, a arte Bidermeier e o início do
Modernismo.
A escadaria de mármore leva ao magnífico hall de entrada da
Antiga Galeria Nacional
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A Alte Nationalgalerie abre todos os dias, com exceção de
segunda-feira, das 10h00 às 18h00, sendo que nas quintas-feiras o museu fica
aberto até as 20h00.
Karl
Friedrich Schinkel -
As margens do
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Adolph von Menzel - Moinho de Ferro
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Caspar
David Friedrich - Paisagem marinha
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