Pequeno retábulo de marfim representando a Crucificação -
Constantinopla, século XI. Esse tipo de altar de pendurar
foi utilizado para a
devoção privada, inclusive em viagens
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Localizado na Ilha dos Museus, em Berlim, na Alemanha, o
Bodemuseum (Museu Bode), que desponta no lado norte do rio Spree parecendo um
navio a vapor, com sua proa arredondada e enorme cúpula, abriga a mais
significante coleção sobre o desenvolvimento da escultura europeia, abriga o
Museu de Arte Bizantina e a Coleção de Numismática. O edifício do museu foi
construído por Ernest von Ihne entre os anos 1897 e 1904.
O nome Museu Bode é uma homenagem ao primeiro curador,
Wilhelm von Bode, em 1956. Foi o quarto museu a ser construído na Ilha dos
Museus e originalmente chamava-se Kaiser Friedrich-Museum. Foi projetado em
estilo barroco pelo arquiteto da corte Ernst Eberhard von Ihne. Wilhelm von
Bode introduziu o conceito de “salas por estilo”, no qual numa mesma sala eram
exibidos pinturas, esculturas, móveis e outros objetos de arte de um mesmo
estilo artístico, algo incomum para a época, porque, até então, os diferentes
tipos de obras de artes eram exibidas separadamente.
No seu interior luxuosamente decorado, estão expostas obras
excepcionais de escultura europeia desde o final da antiguidade até o
Neoclasicismo. A coleção de esculturas mostra a arte da Cristandade Oriental
(com ênfase na Igreja Ortodoxa Copta, do Egito), esculturas do Império Bizantino
e de Ravena, da Idade Média, do Gótico italiano e do começo do Renascimento.
Obras alemãs do final do Gótico estão representadas por Tilman Riemenschneider,
pela Renascença do sul da Alemanha e pelo barroco prussiano até o século XVIII.
O Museu Bode expõe também uma das maiores coleções de
numismática do mundo, de moedas que remetem ao começo da Casa da Moeda, na
Anatólia do século VII a.C. até moedas atuais. São mais de 750 mil itens. As
coleções expostas são complementadas com algumas pinturas, dentro do referido
conceito de “salas por estilo” introduzido por Bode. A Coleção de Arte
Bizantina em exposição no Bodemuseum é a única deste tipo na Alemanha. Os
objetos são originários principalmente da região do Mediterrâneo, incluindo
Itália, Turquia, Grécia, Egito, Norte da África, Oriente Médio e Rússia. Dentre
os objetos expostos encontram-se sarcófagos do fim da antiguidade e fragmentos
de sarcófagos de Roma, esculturas do Império romano Oriental, mosaicos,
inscrições, relevos em marfim, assim como objetos e utensílios, além de objetos
religiosos da época pós-faraônica no Egito.
O amplo hall de entrada do museu é uma reminiscência de um
salão de festas de palácio ou de uma igreja barroca. No centro está uma estátua
equestre do “Grande Eleitor” por Andreas Schlüter de 1700. No hall, além deste
trabalho, se destacam também os medalhões de ouro nas paredes que fazem
referência aos governantes da Prússia. A “Basílica” ao lado ainda exemplifica o
conceito original do museu, onde o estilo de arquitetura foi concebido para
corresponder às obras expostas.
Do final dos anos 90 até 2005 o prédio do Museu Bode passou
por novos trabalhos de restauração e em outubro de 2006 o museu foi
completamente reaberto. Juntos, as instituições da Ilha dos Museus são, sem
dúvida, “o mais importante complexo de museus do mundo”, como bem disse Neil
McGregor, diretor do British Museum.
GIOVANNI BOLOGNA - Marte, Florença, 1580.
O deus clássico caminha para a frente da guerra, com passo
forte e elegante.
O escultor concebeu Marte com um estilo tipicamente
maneirista
e postura sofisticada. A figura, de aproximadamente
é um
excelente exemplo dos pequenos bronzes, populares no século 16,
que foram
feitos para ser "bonitos por todos os lados".
Giovanni Bologna foi
escultor da corte dos Médices em Florença
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