São Paulo Arte & Estilo


  Fato Aberto: o desenho no acervo da pinacoteca do estado

   A Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta, a partir do dia 05 de dezembro a exposição “Fato aberto: o desenho no acervo da Pinacoteca do Estado”. O titulo da mostra foi inspirado em um texto de Mário de Andrade intitulado “Do desenho”. Segundo ele, o desenho é “uma transitoriedade e uma sabedoria” e que ele é “por natureza, um fato aberto.”
   Composta por cerca de 140 obras, a mostra tem como objetivo apresentar ao público um grupo de desenhos do acervo da Pinacoteca, reunidos ao longo dos seus mais de 100 anos de história e raramente expostos. A exposição contará com obras sobre papel de mais de 60 artistas, o mais antigo, de autoria de Henry Chamberlain, data de 1820 e o mais recente, de Alex Cerveny, de 1991. Outros artistas da seleção incluem Wesley Duke Lee, Pedro Américo, Artur Barrio, Vicente do Rego Monteiro, Mira Schendel, Helio Oiticica, Victor Meirelles, Frans Krajcberg, Ivan Serpa, Flavio de Carvalho, Cildo Meireles e Benno Treidler. 
  “Fato aberto: o desenho no acervo da Pinacoteca do Estado” é apresentada em quatro eixos temáticos, distribuídos ao longo das salas de exposições temporárias do segundo andar do museu, que são: “Mapear o mundo”, o desenho como ponto de partido para a compreensão do mundo, a tentativa de entender o mundo a partir do traço sobre o papel; “Corpo e personalidade”, a intimidade possibilitada pelo meio do desenho para o espelhamento do corpo e da personalidade, retratos, tipos, sugestões do corpo; “Os prazeres do ócio”, os desenhos produzidos em momentos de ócio e/ou que reproduzem a sensação do ócio. O rabisco de artistas, e o desenho de telefone; e “Convite ao raciocínio”, o desenho como exercício mental e intelectual, produzindo/reproduzindo narrativas, significações, conceitos e modos de pensar.

 
Arnaldo Battaglini: A fronteira como território

Cubo sombra - metal não ferroso - pintura eletrostática
 

  A mostra, que segue em cartaz do dia 30 de novembro até 09 de março de 2014, reúne 12 esculturas lineares em ferro e dois adesivos aplicados diretamente sobre a parede e acontece na Pinacoteca de São Paulo.
   As obras de Battaglini refletem questões ligadas à representação espacial, às fronteiras entre e bi e tridimensional e à percepção visual das mesmas. A elegância das linhas e o jogo das sombras criam novos e inusitados desenhos de projeção. A projeção de sombras a partir das estruturas tridimensionais é um campo particular de pesquisa do artista, que persegue uma identidade visual ligada ao desenho e à gravura.
   As esculturas apresentadas nesta exposição resumem-se a interpretações de cubos, onde densidades e escalas se alteram, e todo um universo de planos e sombreamentos se reveza, fluindo do campo físico, visual, para o campo mental, imaterial. Os adesivos que completam a mostra estabelecem um diálogo entre as duas modalidades através da linha e questionam a ideia de representação vinculada à perceptiva linear.
   Arnaldo Battaglini viveu e estudou Artes Plásticas em Londres entre 1975 e 1979 e lá iniciou sua carreira, realizando sua primeira mostra individual de desenhos, pinturas e gravuras na Loggia Gallery, em 1978. De volta ao Brasil, passou a dedicar-se ao desenho e à gravura, atuando também como professor de desenho e gravura e criador de diversos projetos culturais entre 1984 e 1995. Conquistou prêmios nacionais importantes na área da gravura com destaque para o prêmio gravura no Panorama da Arte Atual Brasileira – MAM SP em 1990. A partir de 1988 passou a pesquisar a escultura valendo-se de construções lineares em metal no espaço, ora utilizando as paredes, ora o chão, como apoio.

Exposição Antonio Henrique Amaral
 
  A dinâmica da exposição estará assegurada pela forte “gestalt” dos quadros, muitos deles de grandes dimensões, pela intensidade cromática da pintura, pela diversidade dos meios expressivos. Serão apresentadas cerca de 80 telas e 80 obras sobre papel, representativas de todas as fases do já longo percurso de Antonio Henrique Amaral. Acompanha a mostra uma cronologia ilustrada de suas atividades e textos introdutórios aos vários núcleos. A curadoria é de Maria Alice Milliet.
   A exposição acontece entre os dias 07 de dezembro e 28 de fevereiro de 2014

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