A verdadeira Arte

O Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB abriu no Rio de Janeiro o mais representativo evento de sua história dedicado às artes visuais, com inesquecível mostra das obras dos verdadeiros gênios da pintura, que marcaram com o movimento impressionista  o marco mais importante do modernismo no mundo das artes plásticas. Quando surgem eventos desse quilate, que celebram a verdadeira Arte, o volume do comparecimento torna-se uma clara resposta a aqueles que são empreendedores do bizarro. Felizmente, muita, mas muita gente se emociona diante de uma tela, quando seu conteúdo nos toca a alma, quando ela representa algo que se comunica com o apreciador, quando, por fim, é interpretável aos olhos de todos e nos dão prazer. “Prazer e Emoção”, palavras hoje em desuso e desprezadas nesse cenário patético apresentado nas feiras internacionais de arte contemporânea e nas Bienais, alimentadas pelos veículos midiáticos aculturados de comunicação, que nutrem a apologia dessa grande farsa, chamada "arte contemporânea".

O desfile de algumas obras dos grandes gênios do impressionismo e pós-impressionismo, advindas do Museu D'orsay de Paris e exibidas no CCBB de São Paulo, e agora no Rio de Janeiro, mobilizam milhares de pessoas diariamente, que enfrentam filas quilométricas e se acotovelam para degustar do prazer de assistir diante dos seus olhos, ao vivo e a cores, as telas que imortalizaram seus autores, e autores que eternizaram suas obras.

Aqueles que não tiveram o privilégio de conhecer obras de Claude Monet, Edgar Degas, Édouard Manet, Van Gogh, Paul Cezane, Renoir, Paul Gauguin, Édouard Vuillard, Pissarro, Morisot, entre outros grandes gênios da pintura não podem perder essa grande oportunidade. É um desfile de pérolas que consagraram os principais protagonistas desse movimento que mostrou ao mundo um novo caminho, com a descoberta que existe luz na sombra.

Que colírio! Quando o mundo vive um momento em que só se celebra mediocridades, os Museus acertam em cheio ao estender seus acervos a povos distantes, trabalhando no sentido de disseminar cultura aos povos menos contemplados, para aqueles que não possuam recursos para viajar e conhecer pessoalmente obras de tal magnitude. Com certeza, esse tipo de iniciativa deverá incomodar grupos que trabalham arduamente no sentido de desmistificar históricos consagrados por uma cultura de fato e real conquistada, sentindo-se ameaçados de que isso possa diminuir suas possibilidades de manipular as novas gerações com propostas de  um modernismo insípido, inodoro e incolor. Contudo, o avanço que o impressionismo proporcionou ao mundo cultural, não apaga as conquistas que o antecedeu, nem aviltaram a importância da pintura clássica, acadêmica e figurativa; cada nicho com sua importância e singularidade, e se manterão sempre como pilares culturais indestrutíveis da história no mundo das artes plásticas. Quiçá os demais Museus entendam o quanto será significativo dar prosseguimento a essa iniciativa do Museu D'orsay, e, com isso, abram suas portas para o mundo, tão carente de uma cultura sólida, e que muito contribuirá para melhorar a qualidade do ser humano, hoje, tão insensível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário