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Paixões Privadas - no Centro Cultural Correios




A exposição "Paixões Privadas - A Arte Europeia nas Coleções Particulares do Rio de Janeiro”, apresentada no Centro Cultural Correios, abre o acervo de importantes colecionadores, entre eles: Roberto Marinho, Geneviève e Jean Boghici.
Obras de Rodin, Kandinsky, Renoir, Chagall, Bosch, Delaunay, Braque, Modigliani, entre outros , estão reunidas na exposição. Com curadoria de Romaric Büel, a mostra reúne mais de 70 obras de arte de diferentes períodos e artistas, com técnicas e materiais diversos. São telas, desenhos, aquarelas, esculturas e tapeçarias que revelam as paixões particulares de importantes colecionadores.
“O objetivo desta exposição é levar o público a descobrir uma herança pouco conhecida, até então nunca mostrada, como também incentivá-lo a colecionar. Queremos despertar a paixão pela arte’, resume Romaric. Da Grécia antiga à arte contemporânea, 70 obras de arte indicam interesses singulares de cada colecionador.
Na entrada, a cenografia, concebida por Gerardo Vilaseca, reproduz o "gabinete do colecionador", com algumas peças pertencentes ao próprio curador, Romaric Büel.
Mas o que causa mais impacto é contemplar, numa mesma montagem, uma ânfora grega datada de 500 A.C.; O Beijo, de Auguste Rodin; uma escultura de mármore greco-romana; a natureza morta de Georges Braque; o guache Bicho em Fundo Preto assinado por Wassily Kandinsky. Também merecem destaque a tela Busto de Coco, de Auguste Renoir; a escultura greco-romana Alegoria da Fortuna; a aquarela Mulher vestida para a noite, de Sonia Delaunay, da década de 20. Imperdível

Local: Centro Cultural Correios - Rua Visconde de Itaboraí, 20 - Centro -RJ - Visitação: de terça a domingo, de 12h as 19h , até 13 de novembro



Mira Schendel no Instituto Moreira Salles
Flashes

         Mira Schendel - Sem título, têmpera sobre tela 26,8cm x 19cm



PULSO IRANIANO. Poesia, Espírito da Celebração, Mulheres, Guerra e Tradições. São os cinco temas utilizados para traçar um panorama da arte iraniana na mostra "Pulso Iraniano", com curadoria de Marc Pottier. O público poderá conferir fotos e vídeos de artistas contemporâneos nascidos no Irã. Imagens de Bahman Jalali, um dos mais importantes fotógrafos do país, também poderão ser vistas por lá. Jalali viveu em Teerã e morreu em janeiro de 2010.
Local: Oi Futuro Flamengo. Rua Dois de Dezembro, 63, Largo do Machado - RJ de terça a domingo, 11h às 20h.  Até 30 de outubro.






DANIEL BLAUFUKS E ENRICA BERNARDELLI. Os dois artistas são os convidados da 14ª edição do Projeto Respiração. Marcio Doctors assina a curadoria do evento que promove intervenções de arte contemporânea no acervo da Fundação Eva Klabin, sede de uma rica coleção que abrange do Egito antigo aos impressionistas.
Fundação Eva Klabin. Avenida Epitácio Pessoa, 2480, Lagoa, de Terça a sexta, 14h às 18h. Até 6 de novembro.




Franz Weissmann na Pinakotheke Cultural – RJ


A Pinakotheke Cultural realiza exposição comemorativa do centenário do grande escultor, Franz Weissmann (1911-2005), com obras emblemáticas de sua trajetória.
São 76 obras do artista, um dos expoentes do Neoconcretismo, e que ocupa um lugar de destaque na arte brasileira, selecionadas pelo curador Max Perlingeiro, que  darão ao público a possibilidade de acompanhar o pensamento desse artista fundamental e capaz de operar mudanças nos conceitos existentes até então no país. 
"A liberdade que Franz Weissmann tinha de criar é seu principal legado", afirma Max Perlingeiro. "Ele reivindicava uma liberdade absoluta ao criar objetos, e isso era mais importante do que as formas que buscava, e era o que transmitia a seus alunos e colegas", observa.  "Angel Vianna, amiga e aluna dele em Belo Horizonte, declarou certa vez que essa noção foi fundamental em sua opção pela expressão corporal".



A mostra é dividida em quatro espaços:  Da figura ao fio; O cubo vazado e seus desdobramentos (1950-1960); Torres e colunas (1970 até o final); e Jardins, com esculturas em aço patinado (Corten).  "Weissmann não tinha uma ordem cronológica em sua pesquisa diária. Podia retomar um projeto em maquete décadas depois, ou trabalhar muitas ideias simultaneamente", explica Max Perlingeiro.
O Curador lembra que, além dos 100 anos de Weissmann, a exposição comemora os 60 anos do Cubo Vazado, em que ele rompe definitivamente com o figurativo. As obras vêm de importantes coleções particulares, do Acervo Franz Weissmann, do Museu Nacional de Belas Artes e do MAC - USP. Várias peças foram restauradas para a exposição, e outras foram realizadas pela primeira vez a partir das maquetes feitas pelo escultor.  As maquetes ocupam um núcleo histórico importante, por mostrarem o desenvolvimento do pensamento de Weissmann, das linhas curvas até chegar ao ângulo reto e ao cubo.  
Um aspecto importante da exposição, e desconhecido do grande público, é a exposição da insuspeitada correspondência entre Weissmann e outros artistas e intelectuais, como Lygia Clark, Lygia Pape, Mario Pedrosa, Frans Krajcberg, Mario Pedrosa, Ferreira Gullar, Murilo Mendes e João Cabral do Mello Neto. 
Na abertura da exposição foi lançado um livro com a qualidade usual da Editora Pinakotheke, com 232 páginas, em formato 22cm x 27cm, texto inédito de Ferreira Gullar e uma detalhada biografia ilustrada. A correspondência de Weissmann com artistas e intelectuais estará em fac-símile, no livro.
Serviço

Endereço:Pinakotheke Cultural | R. São Clemente, 300, Botafogo
Visitação: Segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados, das 10h às 16 h.







Arte e Refúgio no Brasil
Uma celebração do 150º aniversário de Fridtjof Nansen

Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) comemora neste ano o 60º aniversário da Convenção de 1951 sobre o Estatuto do Refugiado e o 50º aniversário da Convenção de 1961 sobre Redução de Apatridia, além do 150º aniversário de nascimento do norueguês Fridtjof Nansen, o primeiro Alto Comissário para Refugiados da Liga das Nações.
Para celebrar estas datas, especialmente o legado de Fridtjof Nansen, o ACNUR e a Embaixada da Noruega no Brasil realizam a exposição "Arte e Refúgio no Brasil", que pela primeira vez no país reúne a criatividade da pintura e da escultura produzida por um seleto grupo de artistas plásticos refugiados e brasileiros em torno de um denominador comum: o refúgio.
Cinco artistas refugiados - três angolanos, um congolês e um colombiano - unem ideias, cores, forma, traços, cultura e estética com doze reconhecidos artistas brasileiros residentes em Brasília, vindos de diversas regiões do país e com ampla trajetória internacional (veja currículos na página 32). Esta iniciativa funde arte com causa humanitária, criando um símbolo de fraternidade entre a população local de um país de notável tradição de asilo, como o Brasil, e refugiados de diversas nacionalidades.
A exposição, que tem o apoio da Caixa Cultural, será aberta no próximo dia 10 de outubro no Átrio dos Vitrais do edifício sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília. A mostra tem entrada franca e estará em exibição até o dia 30 de outubro.
Firdtjof Nansen foi uma pessoa talentosa. Entre 1920 e 1930 (ano de sua morte), integrou a delegação norueguesa na Liga das Nações - organização que antecedeu a ONU. Após a I Guerra Mundial, organizou a repatriação de aproximadamente 450 mil prisioneiros, para 26 diferentes países de origem. Em 1921, foi nomeado o primeiro Alto Comissário para Refugiados, trabalhando com centenas de milhares de refugiados e apátridas - esses últimos beneficiados pelo chamado "Passaporte Nansen", reconhecido em 52 países. 
Por todos os seus esforços humanitários, Nansen ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1922. Seu legado é reconhecido pelo ACNUR, uma das maiores agências humanitárias do mundo e que tem milhões de pessoas sob seu mandato - entre elas 10,5 milhões de refugiados, cerca de 12 milhões de apátridas e 14,7 milhões de deslocados internos. Homenagear este legado é relembrar os valores fundamentais da resposta humanitária aos desafios atuais dos refugiados e de outras populações deslocadas.
Para o representante do ACNUR no Brasil, Andrés Ramires, "a exposição evidenciará a solidariedade da sociedade brasileira, num ano turbulento que testemunha uma quantidade significativa de novos conflitos em meio a lutas antigas que perduram. É também uma mostra eloquente da resiliência e talento dos refugiados".  A exposição também terá uma programação cultural paralela, com oficinas e exibição de documentários sobre o trabalho do ACNUR e a realidade de refugiados no Brasil e no mundo.

Relação dos artistas participantes: artistas participantes
Bantu Tabasisa
Nascido em Angola, Bantu estudou artes plásticas na República do Congo. Seu trabalho já foi exposto em vários países, dentre os quais Angola, República do Congo, Holanda, Bélgica e Inglaterra. Atualmente mora no Brasil e dedica sua arte à divulgação da cultura e história africanas.

Carppio de Morais
Natural de Aparecida de Goiânia (GO), Carppio formou-se em Artes Visuais pela Universidade Federal de Goiás e mudou-se para Brasília em 2007. Participou de diversas exposições no Brasil, dentre as quais a coletiva "Semicírculos", no Museu Nacional de Brasília, e individual na Casa da Cultura da América Latina, também na capital. Em Brasília, por ocasião do evento 90 horas de Pintura Contemporânea, recebeu o Prêmio Especial de Pintura (1991). 
Darlan Rosa
Nascido em Coromandel (MG), Darlan vive em Brasília desde 1967. Seu trabalho inclui 22 esculturas públicas em Brasília, em locais como o Memorial JK, Pontão do Lago Sul e Centro Cultural do Banco do Brasil. Suas obras também estão no exterior, em países como Alemanha, Canadá, França, Jordânia e Palestina.

Ennio Bernardo
Nasceu em São Paulo (SP) e mora em Brasília desde os anos 90. Com mais de 40 exposições individuais e coletivas no currículo, Ennio possui obras em vários países e nas embaixadas do Brasil, em Lisoba, e de Portugal, em Brasília. Representou o Brasil em eventos como o I Simpósio Internacional de Escultura dos Artistas Lusófonos, em Portugal.
Fabrício Dom
O congolês Fabrício iniciou sua carreira artística em 1995. Mesmo sem ter frequentado um curso formal de artes, é membro da Academia Angola e Sul-Africana de Belas Artes. Ele vive no Rio de Janeiro, e seu trabalho já foi exposto na África do Sul, Angola, Congo, Portugal e Brasil.

Fernando Pardo
Natural da Colômbia, Fernando formou-se no Curso de Artes Plásticas na Universidade Nacional da Colômbia. Utilizando-se de novas técnicas, fibras naturais e plásticos, Pardo expôs seu trabalho em diversos locais de Bogotá, e também em diversas exposições coletivas.

Flavita Obino
Natural do Rio de Janeiro (RJ), Flávita mudou-se para Brasíla após os anos 60. Desde 1990 realiza exposições individuais e coletivas. Em 1998, foi premiada no Salão "Brasília 38 Anos". Em 2000, criou o projeto "Terra Brasilis - Terra Papagalli", premiado pelo governo brasileiro no marco das celebrações dos 500 anos do Brasil. Membro fundadora de diversos projetos e associações, criou em 2009 a Associação Candanga de Artes Visuais, em Brasília.

Henrique Gougon
Natural de Uberlândia (MG), Gougon mudou-se para Brasília em 1965. Na capital brasileira, formou-se jornalista pela Universidade de Brasília e exerceu a profissão até 2002. Desde então, dedica-se à carreira artística, com várias obras expostas na capital, em locais como o Ministério da Educação, o Jardim Botânico e o Metrô.
Huet Azevedo
Natural de Pelotas (RS), mudou-se para Brasília em 1976. Formado em escultura pela Escola de Belas Artes de Pelotas (EBAP), Huet já expôs seu trabalho em diversos locais no Distrito Federal e Rio Grande do Sul. Dentre suas obras destaca-se o "Monumento aos Pioneiros", exposto no Lago Sul, em Brasília, e "Cabeça de Velho", no Museu de Pelotas - obra pela qual foi premiado pela EBAP.

José Tambo
Nascido na província de Uige, em Angola, Tambo mudou-se para o Brasil em 1989. A partir de 1983, expôs seu trabalho em países como África do Sul, Rússia e Cuba. No Brasil, participou de várias exposições coletivas. Em 1994 fundou a Casa do Artista Plástico Afro-Brasileiro, no Rio de Janeiro (RJ), cidade onde vive.

Lourenço de Bem
Natural de Porto Alegre (RS), Lourenço mudou-se para Brasília em 1962. Vem expondo em várias cidades do país desde 1977, como pintor e escultor, desenvolvendo materiais para suas obras. Em 2005 expôs "A Tribo do Zé", no Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal, em Brasília. Em 2006 realizou exposição individual e lançou o DvD educativo "Empório do Processo Criativo".

Manuel de Andrade
Arquiteto, escultor, jornalista e historiador, Manuel nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e mudou-se para Brasília nos anos 60. Iniciou sua formação em artes no Colégio Moderno de Lisboa, e tem a arquitetura como base de sua produção. Seu trabalho já foi exposto em locais como a Galeria Surreale, em São Paulo, e o Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. Ganhou prêmio de design de móveis com a mesa Triax.

Milan Dusek
Nasceu em Praga, na antiga Tchecoslováquia. Mudou-se para o Brasil em 1939 e fixou residência em Brasília em 1971. Estudou escultura com o polonês August Zamoyski e pintura com o tcheco Jan Zach, além de gravura com Friedlander e Edith Bhering no MAM, Rio de Janeiro. Milan expôs em eventos como a II Bienal de São Paulo e ganhou o 2º Prêmio de Gravura do XV Salão de Artes Plásticas de Belo Horizonte.

Omar Franco
Nascido em Santa Rita de Caldas (MG), Omar mudou-se para o Distrito Federal em 1969, onde linceciou-se em Economia e Artes Plásticas pela Universidade de Brasília. Com quase 30 anos de carreira e dezenas de exposições nacioanais, o escultor possui obras espalhadas por mais de 20 países. Suas esculturas também estão em vários prédios públicos e pontos turístico de Brasília.

Ricardo Stumm
Natural de Palmeira das Missões (RS), mudou-se para Brasília nos anos 90, após ter seu trabalho exposto e premiado em países como França e Espanha. Especializado em fundição de bronze, Stumm foi também premiado pelas Nações Unidas em 1995, no Concurso Internacional de Cartazes da ONU pela Tolerância.

Domingo Tandu
Nascido em Angola, Tandu dedica-se à arte desde 1992. Não frequentou um curso formal de artes visuais, e foi instruído por seu pai, também artista angolano. Já expôs sua obra em países do continente africano, e hoje seu trabalho encontra-se em diversas galerias do Brasil.

Tarciso Viriato
Nasceu em Fortaleza (CE) e mudou-se para Brasília em 1978. Cidadão Honorário da capital brasileira, Viriato teve seu trabalho exposto e reconhecido em vários países, dentre os quais França, Estados Unidos e Hungria. Participou também, a convite da Cruz Vermelha Internacional, do projeto "Artistas pela Humanidade".

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