Praça Gendarmenmarkt, vendo-se no centro o Konzerthaus, o
prédio de Karl Friedrich Schinkel - classicismo puro
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A exemplo dos Países Baixos, os estilos de arte na Alemanha
acompanharam os estilos da Itália, França e Inglaterra. A arte alemã seguiu em
arquitetura e interior os grandes períodos - Românico, Gótico, Renascentista,
Barroco, Rococó e Clássico, observando-se, durante o período Gótico,uma
mistura deste com o estilo Românico, notadamente no mobiliário.
Albrecht Dürer - Autorretrato
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A arte carolíngia é a forma mais primitiva de arte
germânica, e refere-se à arte do período de Carlos Magno, estendendo-se pelas
épocas de seus sucessores (entre 780 e 900 d.C.) e alargando sua influência ao
período posterior da arte otoniana.
Como representante de Roma, Carlos Magno foi a figura
política mais poderosa da Alta Idade Média e pretendia fazer um revival da arte
romana e de sua cultura no Ocidente. Distanciando-se da iconoclastia do Império
Bizantino, admitiu o uso de imagens em obras artísticas e, assim, fez surgir as
origens do que viria a ser o Gótico e o Românico e, como em toda arte
carolíngia, as iluminuras tiveram grande importância, como o Codex Aureus de
Lorsch (778 - 820). Ressalte-se também que, além de se pautar por uma forte
herança céltico-germânica, a arte carolíngia inspirou-se na arte romana da
Antiguidade Clássica no chamado renascimento carolíngio, resultando em uma comunhão
entre elementos clássicos e o característico espírito emocional e conturbado da
Idade Média.
Nos séculos XV e XVI, a arte de criação de iluminuras decaiu
e a elaboração de vitrais desenvolveu-se bastante. Nesses séculos expandiu-se a
arte da criação de retábulos, em uma grande variedade de estilos. O centro
artístico da época era a cidade de Colônia, a ponto de ser criada uma Escola de
Colônia. Cabe também destacar, sobre o século XV, o progresso da arte da
gravura em madeira, que teve seu primeiro desenvolvimento na arte alemã. O
período gótico na Alemanha terminou com a obra de Matthias Grünewald, que
pavimentou o Renascimento no país.
Catedral de Colônia, a maior igreja em estilo gótico do
mundo e o maior templo da Alemanha
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O Renascimento influenciou mais o sul que o norte do país,
muito embora a imitação desse estilo fosse desgraciosa e pesada. No entanto,
esse mesmo país teve dois grandes pintores que, em toda a Europa, com exceção
da Itália, mais fortemente compreenderam o espírito do Renascimento: Albert
Dürer e Hans Holbein. O Barroco alemão, por sua vez, tinha excesso de ornamentação
em argamassa e foi influenciado pelo estilo Luís XV. A moda francesa era
copiada pela corte de Frederico II, que também usou e abusou do estilo
Regência. O estilo Rococó também foi adotado na Alemanha, onde artistas do país
e franceses lá estabelecidos imitavam a decoração de interiores usada na
França. O riquíssimo mobiliário era, na maioria das vezes, fabricado em Paris. São exemplos de
obras em estilo Rococó
os castelos da Baviera (Munique) e do Reno. Foi na arquitetura, principalmente
no século XVIII, que a Alemanha se destacou, como um dos maiores centros de
construções da Europa, tanto na arquitetura religiosa como na civil. É um dos
países onde mais se encontram majestosas abadias, grandes igrejas e imensos
conventos. A Catedral de Colônia é a maior igreja em estilo gótico do mundo*.
Na construção civil, a Alemanha, dividida em estados soberanos, adotando
Versalhes como exemplo, construiu grandes castelos. A arte alemã do século
XVIII se dividiu entre a de influência italiana (até 1720), e a de influência
francesa, que se impôs a partir dessa data.
Mathis Gothart Grünewald
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A Alemanha também recebeu a influência clássica vinda da
França e da Inglaterra. No mobiliário, os alemães se inspiraram no móvel de
Hepplewhite e Sheraton. Já o estilo Império francês influiu no surgimento do
mobiliário conhecido como Biedermeier, que apareceu no início do século XIX. O
desenho desse mobiliário era inspirado no móvel do império francês e no
camponês alemão. Era um móvel de proporções por vezes pesadas e ornamento
clássico em bronze, e outras vezes, contrastando com o modelo anterior, era
menor, ornamentado com marchetaria ou pinturas camponesas. A seguir, a Alemanha
recebeu o estilo Neorrococó da época de Luís Filipe e, posteriormente, o
Eclético.
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