20 anos do Salão

Considerado um dos maiores eventos de arte da América Latina, o Salão de Arte de São Paulo comemora este ano sua 20ª edição e se firma como o evento de arte mais tradicional do país. Apresentando um mix de arte composto por obras modernas e contemporâneas, com galerias, joalherias e antiquários, o Salão, também por sua credibilidade e profissionalismo, ilustra com louvor a trajetória do mercado de arte nos últimos vinte anos. A seguir, A Relíquia conta uma parte dessa bela história, ilustrando a matéria com fotos de peças dos salões anteriores.

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Cândido Portinari, 1954 - Menino laçando o boi, Óleo s/ tela, 46 x 55cm (Sérgio Caribe 2001)
   A edição inaugural do mais tradicional salão de arte do Brasil ocorreu em 1993, no Jockey Club de São Paulo. Ao tratar o mercado de arte como importante fator na preservação do patrimônio cultural, o Salão de Arte e Antiguidades, como foi nomeado inicialmente, desde suas origens, atribuiu aos bens culturais um papel de destaque e obteve o dinamismo necessário para sustentar sua própria existência. Nas edições seguintes, estabeleceu um intercâmbio entre antiquários do Mercosul e adquiriu abrangência nacional e internacional, também com galerias de arte entre os expositores.
O II Salão foi montado em uma magnífica residência da Rua Venezuela, no elegante bairro dos Jardins, cedida por Ivani e Jorge Yunes (este, conhecido colecionador e amante das artes). Antes da mudança definitiva de sua sede para o Salão Marc Chagal, no Clube A Hebraica, em São Paulo, o evento ainda foi realizado no Clube Paineiras. Durante esses primeiros anos o Salão consolidou-se como um espaço para realização de grandes negócios envolvendo obras de arte, e sua fundadora, Ariane Elkins Juliani, passou a ter a companhia de Vera Chaccur Chadad na organização do evento.
Em 1998, já sediado no Clube A Hebraica, a 5ª edição do Salão de Arte e Antiguidades inaugurou o segmento de mostras especiais com "Brasil Imperial". O público do Salão, que crescia a cada ano, já se habituava a apreciar obras de artistas consagrados como Aleijadinho, Marc Chagall, Di Cavalcanti, Franz Post, Portinari, Renoir, Valentin, entre outros, além de mobiliário de época e preciosos objetos de arte. Nessa época, joalherias passaram a fazer parte do evento.

Fernando Botero - Lying nude 1978 
 ost - 131 x 186cm. (James Goodman 2003)
Inaugurando uma nova década
O Salão começou a década de 2000 (7ª edição) com diversos eventos paralelos e 75 expositores mostrando - e também vendendo - o melhor da arte antiga, moderna e contemporânea, antiguidades e joias da mais alta qualidade, com profissionais da Bahia, de Brasília, de Minas Gerais, do Paraná, de Pernambuco, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de São Paulo, além de convidados especiais. Em sua maioria, o Salão apresentou peças inéditas. Tratou-se de um acontecimento catalisador de expectativas e propostas do setor. Nessa 7ª edição, o número de galerias participantes aumentou para 29, confirmando uma tendência que vinha tomando forma nas últimas edições. A Livraria Cultura também participou da feira com um estande de livros de arte e, para relaxar, os visitantes encontraram abrigo nas mesas do The Place, do Coffe Shop, do Bar à Vin, da Boulangerie e do Pain de France.
A 8ª edição (2001) apresentou 90 expositores, entre antiquários, galerias e joalherias. A ambientação e cenografia proporcionaram um show à parte. Nessa edição foi inaugurada a Sala Audemars Piguet , uma exposição que contou a história dos famosos e conceituados relógios dessa marca, desde sua criação até os dias  de hoje. A mostra dessa Sala  já tinha percorrido vários países, sempre a convite de museus, e chegou ao Brasil através do Salão.
Nessa mesma edição, uma  outra Sala especial apresentou obras do jovem pintor e escultor espanhol Juan Diego Miguel, considerado um vanguardista pela utilização de diferentes materiais. Seus trabalhos fizeram sucesso na Europa e EUA. Cerca de 20 mil visitantes, entre brasileiros e estrangeiros, passaram pelo Salão, uma exposição também inédita no país.
O IX Salão de Arte e Antiguidades, realizado entre os dias 17 e 25 de agosto de 2002, recebeu 85 expositores, de oito estados brasileiros, que ocuparam 115 estandes no Clube A Hebraica. Milhares de pessoas vindas de várias partes do Brasil e do exterior visitaram a mostra. Sempre organizado por Ariane Elkins Juliani e Vera Chaccur Chadad, o IX Salão trouxe um acervo de raras e importantes obras de arte moderna e contemporânea, além das mais recentes criações de design em joias. As Salas Especiais, dedicadas a segmentos específicos, combinaram a produção artística brasileira com as de  convidados especiais da Europa. "Garimpo Brasil", com curadoria de Maria Alice Milliet, resgatou as raízes do país da arte antiga à moderna.
"O Salão é movido por um empenho geral em resgatar e descobrir, que se renova e se fortalece a cada edição. E o resultado, como não poderia deixar de ser, é uma mostra harmoniosa de qualidade, memória e identidade", analisou a organizadora Ariane Elkins Juliani. A Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) foi a entidade beneficiada pelo IX Salão, e recebeu integralmente a renda arrecada na bilheteria durante os nove dias do evento. "Estamos pelo segundo ano consecutivo em parceria com a AACD, por se tratar de uma instituição que desenvolve um importante trabalho de reabilitação e reintegração social", afirmou Vera Chaccur Chadad.
Sergio Carybé - Maria, 
Óleo sobre tela, 110 x 80cm. (Galeria Sur 2008)

10 anos do Salão
Comemorando uma década e reunindo a essência do antiquariato e da arte moderna e contemporânea, a 10ª edição do Salão de Arte e Antiguidades aconteceu entre os dias 17 e 24 de agosto de 2003, no Salão Marc Chagal do Clube A Hebraica, em São Paulo. Já consolidado no mercado como referencial do setor em toda a América Latina, o evento apresentou 90 expositores do Brasil e convidados internacionais, entre antiquários, galerias de arte e designers de joias.
A s organizadoras do salão garantiam que, no X Salão, "um passeio pelos seus corredores - a área total era de 3,5 mil m2 - proporcionava uma viagem instantânea a diversas épocas, escolas e estilos, seja no mobiliário, nos objetos raros vindos de todos os cantos do planeta ou nas telas de artistas consagrados".
Com o apoio cultural da Secretaria de Estado e Cultura, da Secretaria Municipal da Cultura e do jornal "O Estado de São Paulo", o Salão reverteu novamente toda a renda (inclusive a da bilheteria), de forma integral, para a AACD, a exemplo da edição passada.
Em 2003, o Salão de Arte e Antiguidades teve como antiquário convidado o senhor Luis Alegria, de Portugal, e as galerias: James Goodman e Lang Fine Art, de New York (EUA); Maman, Moscatelli e Roberto Andrada , de Buenos Aires (ARG); e Galeria Sur, de Montevidéu (URY). Como sempre acontece, foram criadas várias salas especiais, entre elas uma que mostrou a Arte Mineira. Outra atração foi o restaurante do X Salão, transformado em um autêntico engenho de cana-de-açúcar do século XVIII.

Anita Malfati (1896 - 1964) – Penhacos, C. 1915/1917
 osm - 30,5 x 40,5cm - (Pinakotheke - 2002)















Elegância e sofisticação
Com algumas modificações importantes em relação à última edição, o XI Salão de Arte e Antiguidades de São Paulo (2004) foi marcado pela elegância, sofisticação e sucesso de vendas. Suas organizadoras mostraram competência mais uma vez, realizando um grande evento, com salas de arte, palestras e leilões de livros, documentos e moedas raras.
O Clube A Hebraica recebeu mais uma vez antiquários, galeristas e joalheiros do Brasil e do exterior. Nessa edição ficaram marcadas na memória : a mostra inédita Expoentes da Arte Popular Brasileira, com curadoria de Paulo Vasconcelos; a Sala Especial China Milenar - Brasil Hoje, com curadoria de Pedro Hiller; e a Sala Especial Clube Casa Vogue, criada por Sig Bergamin.
Nessa mesma edição, imponentes coleções da China Milenar e da Arte Popular brasileira conviveram harmoniosamente nas Salas Especiais. Para contribuir nas comemorações dos 450 anos de São Paulo, o Salão reuniu também uma coleção de telas produzidas a partir de fotos (tiradas nas décadas de 1940 e 1950) do lendário fotógrafo Militão Azevedo."  Vale ainda lembrar a homenagem prestada à artista plástica Amélia Toledo, por seus 50 anos de trajetória.
Entre os expositores internacionais convidados estiveram presentes Luis Alegria e pessoas do Palácio do Correio Velho, ambos de Portugal, e a Galeria Sur, de Montevidéu, no Uruguai. Uma atração à parte foram os leilões de livros raros e papéis antigos da La Mansarde Casa de Cultura e da Fólio Livraria Antiquária, que levaram ao público obras e objetos capazes de agradar ao mais exigente dos colecionadores.
O já tradicional Salão de Arte e Antiguidades teve a sua 12ª edição em 2005, no Clube A Hebraica, entre os dias 13 e 21 de agosto. Na apresentação do catálogo oficial do salão, o diretor da Pinacoteca do Estado, Marcelo Mattos Araújo, destacou que "A realização do Salão, em cada uma de suas edições, significa, para a cidade de São Paulo, e para todo nosso país, um grande momento de vida cultural. Para mim, como diretor da Pinacoteca do Estado, neste ano em que o mais antigo museu de arte da cidade comemora o seu primeiro centenário de atividade, é um grande privilégio poder saudar esta iniciativa em sua décima segunda edição, que confirma assim seu pleno êxito e sucesso." E concluiu Araújo: "Experiência inesquecível de prazer, o Salão de Arte e Antiguidades se transformou em um verdadeiro ponto de encontro de toda a comunidade artística, proporcionando um diálogo extremamente oportuno e necessário entre experts e interessados, cumprindo um papel formador e social da mais alta relevância."
Ressalte-se, ainda, que o XII Salão homenageou dois colecionadores importantes dentro do cenário nacional: Domingos Giobbi, importante conhecedor de arte brasileira, e Ricardo Brennand, que criou em Pernambuco o Instituto Brennand, tornando acessível ao público as significativas peças de sua coleção. No total, foram 115 estandes ocupados por 80 expositores, além de três Salas Especiais com exposições temáticas:
Berlim, Berlim - exposição inédita que enfocou a produção contemporânea de três artistas da vanguarda alemã: Jean Yves Klein, Dieter Finke e Reinhard Stangl;
Museu Afro-Brasil - o curador Emanoel Araújo faz um recorte da arte africana em suas diferentes manifestações, com direção de arte de Paulo Vasconcellos;
Bandeira / Vieira da Silva - a Pinakotheke Cultural reuniu pinturas, desenhos e gravuras do brasileiro Antonio Bandeira e da portuguesa radicada na França, Maria Helena Vieira da Silva.
Eventos Paralelos - O gemólogo André Carvalho Leite, perito credenciado pela Alfândega e pelo Aeroporto Internacional Santos Dumont (RJ), fez palestra com o tema "As principais gemas do Mundo". Albert Shayo - expert internacional em Art Deco - lançou e autografa seu novo livro "Ferdinand Preiss. Art Deco Sculptor - The Fire and the Flame" - sobre a trajetória do escultor alemão.
Cícero Dias "Casal no alpendre" 
ost 1950 - 65 x 54cm. (Simões de Assis)

Mudança de nome
As mudanças para 2006 começaram pelo próprio nome do evento, que suprime o termo "Antiguidades". "Mais do que uma nova denominação, a decisão reflete um novo conceito. "Ecletismo e contemporaneidade foram palavras-chave de nossa linha de trabalho. Foi uma forma de nos adequarmos à atualidade e ao mercado, atraindo também um público mais jovem", afirmou a organizadora Vera Chadad. Acredita-se que cerca de 18 mil pessoas passaram pelo local nos dias do evento, superando as 15 mil do ano passado. Para atingir este objetivo, a estrutura do Salão também contou com inovações. Nos moldes das grandes feiras internacionais de arte, foi constituída uma equipe de consultores. A Sala Especial "Novas Apostas", a equipe de consultores e visitas monitoradas foram as novidades no evento.
Itens a serem observados não faltaram. Entre as peças expostas, telas de nomes representativos da produção nacional, como Cândido Portinari, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Wesley Duke Lee, Djanira, Lasar Segall, Aldo Bonadei e José Pancetti; esculturas do mestre romeno D.H. Chiparus; porcelana Cia. das Índias; mobiliário brasileiro e europeu a partir do século XVII; a arte cinética de Abraham Palatnik; edições raras de obras de Miguel de Cervantes e Cecília Meirelles; e até uma tela que reproduz o quarto do pintor Vincent Van Gogh utilizando mais de 5,4 mil brilhantes.

Quatorze obras de artistas contemporâneos brasileiros e esculturas de Artur Lescher, pertencentes a uma das mais completas e importantes coleções particulares do país, compõem a Sala Especial "Novas Apostas". A presença do consagrado Nelson Leirner - além de Jorge Guinle, Dudi Maia Rosa, Daniel Senise e Emanuel Nassar, entre outros - decifra a proposital ousadia do título da Sala, que contempla uma indicação do próprio colecionador em apresentar esta que é a parte menos vista de seu acervo.

Guignard, Alberto da Veiga (1896-1962). Vaso de Flores 
com Girassóis, ost. 101 x 81cm - Salão de 2000
Sucesso de vendas
Foi um sucesso total o Salão de Arte 2007, em sua 14° edição. Grande parte dos expositores já tinha vendido, no segundo dia da mostra, quase todas as peças expostas. As novidades implementadas pela organizadora do evento, Vera Chaccur Chaddad, deram certo também neste ano, tudo funcionando perfeitamente. O evento, como sempre realizado no Salão Marc Chagall do Clube A Hebraica, reuniu 85 expositores de seis estados, entre galerias de arte, antiquários e designers de jóias. Telas dos principais pintores da arte moderna e contemporânea, esculturas, objetos de decoração, mobiliário de diversas épocas, pratarias e porcelanas fizeram parte do acervo.
"A trajetória do Salão de Arte enriqueceu-se ao incorporar novas manifestações artísticas e ao colocar em relevo a arte brasileira. Sem rejeitar o valor intrínseco de suas origens - o antiquariato e o acervo de objetos colecionáveis - o evento ofereceu uma proposta mais abrangente, evoluída", afirmou o Embaixador do Brasil na Organização dos Estados Americanos, Osmar Chohfi, na abertura do catálogo da edição do Salão.
Além dos stands, uma das atrações deste ano foi a Sala Especial "Arte Brasileira do Século XIX - O Perfil de uma Coleção" A programação paralela incluiu também um leilão de fotografia brasileira contemporânea, cujo acervo foi preparado por Emídio Luisi, cujas lentes já registraram diversas produções do Ballet Stagium e do diretor Antunes Filho.
O Salão de Arte de 2008 completou 15 anos de existência e se consagrou como o mais importante evento do setor. O Salão se tornou uma tradição e funciona mesmo como um termômetro para o mercado de arte e antiguidades. A regularidade, a seleção dos expositores, a qualidade das peças expostas, o público especial, o forte apelo histórico e cultural, e a organização competente de Vera Chaccur Chadad são alguns dos ingredientes dessa receita de sucesso.
Dos diversos depoimentos constantes no catálogo oficial do Salão de Arte, destacamos dois textos; o primeiro de Maria Lúcia Carneiro, ex-editora do caderno Casa, de “O Estado de S. Paulo”, que diz: "O Salão de Arte tem sido uma oportunidade quase inesperada, num país desmemoriado, de reconstituir o melhor do passado da vida privada brasileira. Em certos momentos, parece concorrer com as glórias de uma história mais antiga, que é a exibida no Salão dos antiquários de Paris."
A segunda opinião é do jornalista Carlos Souliée do Amaral: "Por sua assiduidade e pelo dom de conciliar diversidades, o Salão de Arte tornou-se uma marca na vida cultural de São Paulo e do Brasil. Ele promove o fluxo e o encontro de relações identitárias em torno de expressões regionais, nacionais e globais do fazer artístico. Leva a arte dos lugares íntimos a se encontrar com a que traz o ruído das ruas ou as cintilações da vaidade pessoal. E, num exercício de dissociação analítica, nos faz constatar que a ação intelectual se funde à artesanal, num diálogo do tempo presente consigo mesmo e com os tempos passados."
Neste ano o Salão de Arte mais uma vez reuniu antiquários, galerias de arte e designers de jóias, que exibiram suas melhores e mais importantes peças. Tradicionalmente voltado também para a divulgação de publicações relacionadas às artes visuais, o Salão promoveu o lançamento do livro "A Mão Devota - Santeiros Populares nos Séculos XVIII e XIX" do artista plástico e pesquisador José Alberto Nemer, que apresentou diversos mestres santeiros desconhecidos no mercado.

Os Caminhos da Arte
O diferencial dessa edição esteve com a Sala Especial Os Caminhos da Arte entre a França e o Brasil, da qual Max Perlingeiro foi curador com mestria. Tendo recebido o selo França 2009, pelo Ministério da Cultura, a exposição passou a fazer parte do calendário do ano da França no Brasil. A Sala Especial foi dedicada à obra de artistas brasileiros que viveram na França, como Antonio Bandeira, Cícero Dias, Flávio Shiró, Sérgio Camargo, Vicente Monteiro, Lygia Clark e Ismael Nery. A mostra marcou também o lançamento do livro de mesmo nome, de autoria da escritora e pedagoga Nereide Schilaro Santa Rosa. A edição desse ano também homenageou o paisagista, arquiteto e escultor baiano Zanine Caldas, que teve um lounge destinado a sua obra, com curadoria de Luiz Octávio Louro Gomes. Foram realizados dois leilões: um de joias e outro de relógios.
O Salão de Arte deste ano reuniu obras que traduziram as tendências do mercado de arte nacional e internacional. Trata-se da mostra pioneira em seu formato realizada anualmente, sem interrupção e, por essa razão, ocupa posição consolidada no calendário cultural brasileiro.
A relação de participantes incluiu importantes galerias e antiquários de todo o país e convidados do exterior. A relação de expositores incluiu, ainda, galerias especializadas em arte estrangeira, como o japonês Minoru Nakahashi e a portuguesa Manuela Lírio. Eduardo Bettega Curial, artista contemporâneo holandês, teve seu próprio stand.
A programação contou também com o lançamento do livro "Caminhos da Cor" de Sergio Telles.
Beatriz Milhazes - Policromia s/ papel 
 90 x 120cm - 2000  (Galeria H.A.P.)

Sala Especial: Fotografia arte e técnica - imagens de 170 anos de história
A 17ª edição do Salão de Arte ocorreu na semana que compreendeu o dia 19 de agosto, conhecido como "Dia Mundial da Fotografia", em referência à comunicação da invenção da daguerreotipia, feita em Paris, em 19 de agosto de 1839. Uma semana, portanto, mais do que oportuna para celebrar essa invenção que mudou a forma de relacionamento do ser humano com o mundo a ponto de Bachelard ter denominado o século XX de "século da imagem" e nosso tempo ser conhecido como "a civilização do olhar".
O ano de 2010 assinalou o 170º aniversário da introdução da daguerreotipia no Brasil. A proposta para o 17º Salão de Arte da Hebraica foi montar uma espécie de Gabinete de curiosidades fotográficas a partir da Coleção Daniel Karp Vasquez, retraçando a evolução técnica da fotografia desde os primórdios até a atual fase de transição para a imagem digital, enfatizando o papel do livro não só como elemento de difusão fotográfica mas também, e principalmente, como meio de expressão artística e/ou pessoal para os fotógrafos; mais uma vez com curadoria de Max Perlingeiro.
de Ramón Cáceres”, com texto de Enock Sacramento e prefácio de Ladi Biezus. Um dos destaques foi um desfile de sete joalherias em um formato diferente, em que as modelos andaram pelo espaço expositivo portando preciosas joias.

Novo espaço dedicado à arte contemporânea
Consagrada como a mais tradicional e abrangente feira do país reunindo antiquários, galerias, joalherias e decoradores, o Salão de Arte preparou para a sua 18ª edição uma inovação na distribuição do espaço, com a criação do Boulevard de Arte Contemporânea. Nessa área ficaram instaladas seis das mais conceituadas galerias do Brasil. Com a nova distribuição interna os visitantes tiveram mais espaço para circulação e mais facilidade para a localização dos expositores. Comandado por Vera Chaccur Chadad, o Salão de Arte ocupou um espaço de 3.500 metros quadrados dividido entre 20 antiquários, nove joalheiros, uma livraria, um stand de decoração, além de 24 galerias de arte.
Em 2012 o Salão de Arte apresentou um mix de arte composto por obras modernas e contemporâneas, gravuras, peças e livros raros, galerias, joalherias, antiquários, fotografias e decoradores.
 Esse ano, o salão adotou um modelo de decoração oposto ao ambiente clássico das galerias e feiras do setor. Com o uso de tecido e madeira, e sem o silêncio e o branco tradicionais dos endereços comerciais, os visitantes podem se sentir à vontade para conhecer a exposição e entrar nos estandes. Participaram do Salão de Arte cerca de 70 expositores, sendo dois estrangeiros e o restante de diversos estados do país.

Um público estimado em 18.000 visitantes, entre artistas, apreciadores de arte e formadore s de opinião, superou o valor movimentado em 2011. Em uma área de 3.500 m², a programação teve ações como abertura beneficente, coquetéis em vários estandes e noites de autógrafos.


Nicolau Fachinetti - Praia do Russel, Óleo sobre madeira - 40 x 67,5cm. (Mauríco Pontual 2010)

2013 - 20 anos do salão
O Salão de Arte de São Paulo comemora este ano sua 20ª edição e se firma como evento de arte mais tradicional do país. Apresentando um mix de arte composto por obras modernas e contemporâneas, gravuras, peças e livros raros, galerias, joalherias, antiquários, fotografias e decoradores, a novidade deste ano é uma sala especial dedicado à arte do Graffiti.
Reconhecido também por sua credibilidade e profissionalismo, o Salão de Arte tem curadoria, organização e direção de Vera Lucia Chaccur Chadad. "São 20 anos de muita luta para fazer o Salão de Arte se tornar parte do calendário de São Paulo, prestigiando artistas e galeristas do Brasil e do exterior. O crescimento é resultado de muita dedicação tanto da organização quanto dos colaboradores", comemora Vera.
Acompanhando um grande movimento do mundo das artes no sentido da arte urbana, a curadoria do graffiti está nas mãos do artista visual paulistano Thiago Mundano, criador do projeto Pimp My Carroça. Para esta edição comemorativa do Salão de Arte, Mundano convidou para integrarem a sala especial os artistas Evol, Mauro, Paulo Ito, Sliks, além de inserir uma obra dele mesmo. "O Salão é reconhecido pelas obras de grandes artistas consagrados no campo das artes e muitos deles não estão mais vivos. A ideia da sala do graffiti é trazer um frescor para esse ambiente, com artistas bons e em atividade", explica o artista.
"As pinturas e instalações que vão compor a exposição batizada de 'Artevidade' serão inéditas e também algumas do acervo da Galeria Parede Viva".
Neste ano, participam do Salão de Arte mais de 65 expositores, sendo cinco estrangeiros vindos de Portugal, Uruguai e Argentina, e o restante de diversos estados do país. A expectativa é atrair 18 mil visitantes e superar o valor movimentado em 2012. Em uma área de 3.500 m², a programação prevê ações como abertura beneficente, coquetéis em vários estandes e noites de autógrafos.
Nas paredes do evento estarão ainda mural em graffiti do artista Eduardo Kobra e fotografias da cidade de Nova Iorque de Marcos Rosset. Uma exposição com cerca de dez lustres Baccarat também vai compor o espaço expositivo.

O Salão de Arte vem, mais uma vez, representar a força e o crescimento do mercado de arte no Brasil e mantém a tradição de atuar em projetos de responsabilidade social. Nesta edição, como nas anteriores, o Salão terá a sua renda integral da bilheteria e do coquetel da noite de abertura revertidos à ACTC - Associação de Assistência à Criança e ao Adolescente Cardíacos e aos Transplantados do Coração. A entidade presta atendimento multidisciplinar à criança cardíaca e aos transplantados do coração, encaminhados pelo Instituto do Coração, Incor (HC-FMUSP), bem como a seus familiares.

Altar, Minas Gerais, século XVIII - (Luiz Machado de Mello - 2003)

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