Considerado um dos
maiores eventos de arte da América Latina, o Salão de Arte de São Paulo
comemora este ano sua 20ª edição e se firma como o evento de arte mais
tradicional do país. Apresentando um mix de arte composto por obras modernas e
contemporâneas, com galerias, joalherias e antiquários, o Salão, também por sua
credibilidade e profissionalismo, ilustra com louvor a trajetória do mercado de
arte nos últimos vinte anos. A seguir, A Relíquia conta uma parte dessa bela
história, ilustrando a matéria com fotos de peças dos salões anteriores.
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Cândido Portinari, 1954 - Menino laçando o boi, Óleo s/
tela, 46 x 55cm (Sérgio Caribe 2001)
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O II Salão foi montado em uma magnífica residência da Rua
Venezuela, no elegante bairro dos Jardins, cedida por Ivani e Jorge Yunes
(este, conhecido colecionador e amante das artes). Antes da mudança definitiva
de sua sede para o Salão Marc Chagal, no Clube A Hebraica, em São Paulo , o evento
ainda foi realizado no Clube Paineiras. Durante esses primeiros anos o Salão
consolidou-se como um espaço para realização de grandes negócios envolvendo
obras de arte, e sua fundadora, Ariane Elkins Juliani, passou a ter a companhia
de Vera Chaccur Chadad na organização do evento.
Em 1998, já sediado no Clube A Hebraica, a 5ª edição do
Salão de Arte e Antiguidades inaugurou o segmento de mostras especiais com
"Brasil Imperial". O público do Salão, que crescia a cada ano, já se
habituava a apreciar obras de artistas consagrados como Aleijadinho, Marc
Chagall, Di Cavalcanti, Franz Post, Portinari, Renoir, Valentin, entre outros,
além de mobiliário de época e preciosos objetos de arte. Nessa época,
joalherias passaram a fazer parte do evento.
Fernando Botero - Lying nude 1978
ost - 131 x 186cm. (James Goodman 2003)
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Inaugurando uma nova
década
O Salão começou a década de 2000 (7ª edição) com diversos
eventos paralelos e 75 expositores mostrando - e também vendendo - o melhor da
arte antiga, moderna e contemporânea, antiguidades e joias da mais alta
qualidade, com profissionais da Bahia, de Brasília, de Minas Gerais, do Paraná,
de Pernambuco, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de São Paulo, além de
convidados especiais. Em sua maioria, o Salão apresentou peças inéditas.
Tratou-se de um acontecimento catalisador de expectativas e propostas do setor.
Nessa 7ª edição, o número de galerias participantes aumentou para 29, confirmando
uma tendência que vinha tomando forma nas últimas edições. A Livraria Cultura
também participou da feira com um estande de livros de arte e, para relaxar, os
visitantes encontraram abrigo nas mesas do The Place, do Coffe Shop, do Bar à
Vin, da Boulangerie e do Pain de France.
A 8ª edição (2001) apresentou 90 expositores, entre
antiquários, galerias e joalherias. A ambientação e cenografia proporcionaram
um show à parte. Nessa edição foi inaugurada a Sala Audemars Piguet , uma
exposição que contou a história dos famosos e conceituados relógios dessa
marca, desde sua criação até os dias de
hoje. A mostra dessa Sala já tinha
percorrido vários países, sempre a convite de museus, e chegou ao Brasil
através do Salão.
Nessa mesma edição, uma
outra Sala especial apresentou obras do jovem pintor e escultor espanhol
Juan Diego Miguel, considerado um vanguardista pela utilização de diferentes
materiais. Seus trabalhos fizeram sucesso na Europa e EUA. Cerca de 20 mil
visitantes, entre brasileiros e estrangeiros, passaram pelo Salão, uma
exposição também inédita no país.
O IX Salão de Arte e Antiguidades, realizado entre os dias
17 e 25 de agosto de 2002, recebeu 85 expositores, de oito estados brasileiros,
que ocuparam 115 estandes no Clube A Hebraica. Milhares de pessoas vindas de
várias partes do Brasil e do exterior visitaram a mostra. Sempre organizado por
Ariane Elkins Juliani e Vera Chaccur Chadad, o IX Salão trouxe um acervo de
raras e importantes obras de arte moderna e contemporânea, além das mais recentes
criações de design em
joias. As Salas Especiais, dedicadas a segmentos específicos,
combinaram a produção artística brasileira com as de convidados especiais da Europa. "Garimpo
Brasil", com curadoria de Maria Alice Milliet, resgatou as raízes do país
da arte antiga à moderna.
"O Salão é movido por um empenho geral em resgatar e
descobrir, que se renova e se fortalece a cada edição. E o resultado, como não
poderia deixar de ser, é uma mostra harmoniosa de qualidade, memória e
identidade", analisou a organizadora Ariane Elkins Juliani. A Associação
de Assistência à Criança Deficiente (AACD) foi a entidade beneficiada pelo IX
Salão, e recebeu integralmente a renda arrecada na bilheteria durante os nove
dias do evento. "Estamos pelo segundo ano consecutivo em parceria com a
AACD, por se tratar de uma instituição que desenvolve um importante trabalho de
reabilitação e reintegração social", afirmou Vera Chaccur Chadad.
Sergio Carybé - Maria,
Óleo sobre tela, 110 x 80cm. (Galeria Sur 2008)
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10 anos do Salão
Comemorando uma década e reunindo a essência do antiquariato
e da arte moderna e contemporânea, a 10ª edição do Salão de Arte e Antiguidades
aconteceu entre os dias 17 e 24 de agosto de 2003, no Salão Marc Chagal do
Clube A Hebraica, em São
Paulo. Já consolidado no mercado como referencial do setor em
toda a América Latina, o evento apresentou 90 expositores do Brasil e
convidados internacionais, entre antiquários, galerias de arte e designers de
joias.
A s organizadoras do salão garantiam que, no X Salão,
"um passeio pelos seus corredores - a área total era de 3,5 mil m2 - proporcionava
uma viagem instantânea a diversas épocas, escolas e estilos, seja no
mobiliário, nos objetos raros vindos de todos os cantos do planeta ou nas telas
de artistas consagrados".
Com o apoio cultural da Secretaria de Estado e Cultura, da
Secretaria Municipal da Cultura e do jornal "O Estado de São Paulo",
o Salão reverteu novamente toda a renda (inclusive a da bilheteria), de forma
integral, para a AACD, a exemplo da edição passada.
Em 2003, o Salão de Arte e Antiguidades teve como antiquário
convidado o senhor Luis Alegria, de Portugal, e as galerias: James Goodman e
Lang Fine Art, de New York (EUA); Maman, Moscatelli e Roberto Andrada , de
Buenos Aires (ARG); e Galeria Sur, de Montevidéu (URY). Como sempre acontece,
foram criadas várias salas especiais, entre elas uma que mostrou a Arte
Mineira. Outra atração foi o restaurante do X Salão, transformado em um
autêntico engenho de cana-de-açúcar do século XVIII.
Anita Malfati (1896 - 1964) – Penhacos, C.
1915/1917 osm - 30,5 x 40,5cm - (Pinakotheke - 2002) |
Elegância e sofisticação
Com algumas modificações importantes em relação à última
edição, o XI Salão de Arte e Antiguidades de São Paulo (2004) foi marcado pela
elegância, sofisticação e sucesso de vendas. Suas organizadoras mostraram
competência mais uma vez, realizando um grande evento, com salas de arte,
palestras e leilões de livros, documentos e moedas raras.
O Clube A Hebraica recebeu mais uma vez antiquários,
galeristas e joalheiros do Brasil e do exterior. Nessa edição ficaram marcadas
na memória : a mostra inédita Expoentes da Arte Popular Brasileira, com
curadoria de Paulo Vasconcelos; a Sala Especial China Milenar - Brasil Hoje,
com curadoria de Pedro Hiller; e a Sala Especial Clube Casa Vogue, criada por
Sig Bergamin.
Nessa mesma edição, imponentes coleções da China Milenar e
da Arte Popular brasileira conviveram harmoniosamente nas Salas Especiais. Para
contribuir nas comemorações dos 450 anos de São Paulo, o Salão reuniu também
uma coleção de telas produzidas a partir de fotos (tiradas nas décadas de 1940
e 1950) do lendário fotógrafo Militão Azevedo." Vale ainda lembrar a homenagem prestada à
artista plástica Amélia Toledo, por seus 50 anos de trajetória.
Entre os expositores internacionais convidados estiveram
presentes Luis Alegria e pessoas do Palácio do Correio Velho, ambos de
Portugal, e a Galeria Sur, de Montevidéu, no Uruguai. Uma atração à parte foram
os leilões de livros raros e papéis antigos da La Mansarde Casa de
Cultura e da Fólio Livraria Antiquária, que levaram ao público obras e objetos
capazes de agradar ao mais exigente dos colecionadores.
O já tradicional Salão de Arte e Antiguidades teve a sua 12ª
edição em 2005, no Clube A Hebraica, entre os dias 13 e 21 de agosto. Na
apresentação do catálogo oficial do salão, o diretor da Pinacoteca do Estado,
Marcelo Mattos Araújo, destacou que "A realização do Salão, em cada uma de
suas edições, significa, para a cidade de São Paulo, e para todo nosso país, um
grande momento de vida cultural. Para mim, como diretor da Pinacoteca do
Estado, neste ano em que o mais antigo museu de arte da cidade comemora o seu
primeiro centenário de atividade, é um grande privilégio poder saudar esta
iniciativa em sua décima segunda edição, que confirma assim seu pleno êxito e
sucesso." E concluiu Araújo: "Experiência inesquecível de prazer, o
Salão de Arte e Antiguidades se transformou em um verdadeiro ponto de encontro
de toda a comunidade artística, proporcionando um diálogo extremamente oportuno
e necessário entre experts e interessados, cumprindo um papel formador e social
da mais alta relevância."
Ressalte-se, ainda, que o XII Salão homenageou dois
colecionadores importantes dentro do cenário nacional: Domingos Giobbi,
importante conhecedor de arte brasileira, e Ricardo Brennand, que criou em
Pernambuco o Instituto Brennand, tornando acessível ao público as
significativas peças de sua coleção. No total, foram 115 estandes ocupados por
80 expositores, além de três Salas Especiais com exposições temáticas:
Berlim, Berlim - exposição inédita que enfocou a produção
contemporânea de três artistas da vanguarda alemã: Jean Yves Klein, Dieter
Finke e Reinhard Stangl;
Museu Afro-Brasil - o curador Emanoel Araújo faz um recorte
da arte africana em suas diferentes manifestações, com direção de arte de Paulo
Vasconcellos;
Bandeira / Vieira da Silva - a Pinakotheke Cultural reuniu
pinturas, desenhos e gravuras do brasileiro Antonio Bandeira e da portuguesa
radicada na França, Maria Helena Vieira da Silva.
Eventos Paralelos - O gemólogo André Carvalho Leite, perito
credenciado pela Alfândega e pelo Aeroporto Internacional Santos Dumont (RJ),
fez palestra com o tema "As principais gemas do Mundo". Albert Shayo
- expert internacional em Art
Deco - lançou e autografa seu novo livro "Ferdinand
Preiss. Art Deco Sculptor - The Fire and the Flame" - sobre a trajetória
do escultor alemão.
Cícero Dias "Casal no alpendre"
ost 1950 - 65 x
54cm. (Simões de Assis)
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Mudança de nome
As mudanças para 2006 começaram pelo próprio nome do evento,
que suprime o termo "Antiguidades". "Mais do que uma nova
denominação, a decisão reflete um novo conceito. "Ecletismo e
contemporaneidade foram palavras-chave de nossa linha de trabalho. Foi uma
forma de nos adequarmos à atualidade e ao mercado, atraindo também um público
mais jovem", afirmou a organizadora Vera Chadad. Acredita-se que cerca de
18 mil pessoas passaram pelo local nos dias do evento, superando as 15 mil do
ano passado. Para atingir este objetivo, a estrutura do Salão também contou com
inovações. Nos moldes das grandes feiras internacionais de arte, foi
constituída uma equipe de consultores. A Sala Especial "Novas
Apostas", a equipe de consultores e visitas monitoradas foram as novidades
no evento.
Itens a serem observados não faltaram. Entre as peças
expostas, telas de nomes representativos da produção nacional, como Cândido
Portinari, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Wesley Duke
Lee, Djanira, Lasar Segall, Aldo Bonadei e José Pancetti; esculturas do mestre
romeno D.H. Chiparus; porcelana Cia. das Índias; mobiliário brasileiro e
europeu a partir do século XVII; a arte cinética de Abraham Palatnik; edições
raras de obras de Miguel de Cervantes e Cecília Meirelles; e até uma tela que
reproduz o quarto do pintor Vincent Van Gogh utilizando mais de 5,4 mil
brilhantes.
Quatorze obras de artistas contemporâneos brasileiros e
esculturas de Artur Lescher, pertencentes a uma das mais completas e
importantes coleções particulares do país, compõem a Sala Especial "Novas
Apostas". A presença do consagrado Nelson Leirner - além de Jorge Guinle,
Dudi Maia Rosa, Daniel Senise e Emanuel Nassar, entre outros - decifra a
proposital ousadia do título da Sala, que contempla uma indicação do próprio
colecionador em apresentar esta que é a parte menos vista de seu acervo.
Guignard, Alberto da Veiga (1896-1962). Vaso de Flores
com
Girassóis, ost. 101 x 81cm - Salão de 2000
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Sucesso de vendas
Foi um sucesso total o Salão de Arte 2007, em sua 14°
edição. Grande parte dos expositores já tinha vendido, no segundo dia da
mostra, quase todas as peças expostas. As novidades implementadas pela
organizadora do evento, Vera Chaccur Chaddad, deram certo também neste ano,
tudo funcionando perfeitamente. O evento, como sempre realizado no Salão Marc
Chagall do Clube A Hebraica, reuniu 85 expositores de seis estados, entre
galerias de arte, antiquários e designers de jóias. Telas dos principais
pintores da arte moderna e contemporânea, esculturas, objetos de decoração,
mobiliário de diversas épocas, pratarias e porcelanas fizeram parte do acervo.
"A trajetória do Salão de Arte enriqueceu-se ao
incorporar novas manifestações artísticas e ao colocar em relevo a arte
brasileira. Sem rejeitar o valor intrínseco de suas origens - o antiquariato e
o acervo de objetos colecionáveis - o evento ofereceu uma proposta mais
abrangente, evoluída", afirmou o Embaixador do Brasil na Organização dos
Estados Americanos, Osmar Chohfi, na abertura do catálogo da edição do Salão.
Além dos stands, uma das atrações deste ano foi a Sala
Especial "Arte Brasileira do Século XIX - O Perfil de uma Coleção" A
programação paralela incluiu também um leilão de fotografia brasileira
contemporânea, cujo acervo foi preparado por Emídio Luisi, cujas lentes já
registraram diversas produções do Ballet Stagium e do diretor Antunes Filho.
O Salão de Arte de 2008 completou 15 anos de existência e se
consagrou como o mais importante evento do setor. O Salão se tornou uma
tradição e funciona mesmo como um termômetro para o mercado de arte e
antiguidades. A regularidade, a seleção dos expositores, a qualidade das peças
expostas, o público especial, o forte apelo histórico e cultural, e a
organização competente de Vera Chaccur Chadad são alguns dos ingredientes dessa
receita de sucesso.
Dos diversos depoimentos constantes no catálogo oficial do
Salão de Arte, destacamos dois textos; o primeiro de Maria Lúcia Carneiro,
ex-editora do caderno Casa, de “O Estado de S. Paulo”, que diz: "O Salão
de Arte tem sido uma oportunidade quase inesperada, num país desmemoriado, de
reconstituir o melhor do passado da vida privada brasileira. Em certos
momentos, parece concorrer com as glórias de uma história mais antiga, que é a
exibida no Salão dos antiquários de Paris."
A segunda opinião é do jornalista Carlos Souliée do Amaral:
"Por sua assiduidade e pelo dom de conciliar diversidades, o Salão de Arte
tornou-se uma marca na vida cultural de São Paulo e do Brasil. Ele promove o
fluxo e o encontro de relações identitárias em torno de expressões regionais,
nacionais e globais do fazer artístico. Leva a arte dos lugares íntimos a se
encontrar com a que traz o ruído das ruas ou as cintilações da vaidade pessoal.
E, num exercício de dissociação analítica, nos faz constatar que a ação
intelectual se funde à artesanal, num diálogo do tempo presente consigo mesmo e
com os tempos passados."
Neste ano o Salão de Arte mais uma vez reuniu antiquários,
galerias de arte e designers de jóias, que exibiram suas melhores e mais
importantes peças. Tradicionalmente voltado também para a divulgação de
publicações relacionadas às artes visuais, o Salão promoveu o lançamento do
livro "A Mão Devota - Santeiros Populares nos Séculos XVIII e XIX" do
artista plástico e pesquisador José Alberto Nemer, que apresentou diversos
mestres santeiros desconhecidos no mercado.
Os Caminhos da Arte
O diferencial dessa edição esteve com a Sala Especial Os
Caminhos da Arte entre a França e o Brasil, da qual Max Perlingeiro foi curador
com mestria. Tendo recebido o selo França 2009, pelo Ministério da Cultura, a
exposição passou a fazer parte do calendário do ano da França no Brasil. A Sala
Especial foi dedicada à obra de artistas brasileiros que viveram na França,
como Antonio Bandeira, Cícero Dias, Flávio Shiró, Sérgio Camargo, Vicente
Monteiro, Lygia Clark e Ismael Nery. A mostra marcou também o lançamento do
livro de mesmo nome, de autoria da escritora e pedagoga Nereide Schilaro Santa
Rosa. A edição desse ano também homenageou o paisagista, arquiteto e escultor
baiano Zanine Caldas, que teve um lounge destinado a sua obra, com curadoria de
Luiz Octávio Louro Gomes. Foram realizados dois leilões: um de joias e outro de
relógios.
O Salão de Arte deste ano reuniu obras que traduziram as
tendências do mercado de arte nacional e internacional. Trata-se da mostra
pioneira em seu formato realizada anualmente, sem interrupção e, por essa
razão, ocupa posição consolidada no calendário cultural brasileiro.
A relação de participantes incluiu importantes galerias e
antiquários de todo o país e convidados do exterior. A relação de expositores
incluiu, ainda, galerias especializadas em arte estrangeira, como o japonês
Minoru Nakahashi e a portuguesa Manuela Lírio. Eduardo Bettega Curial, artista
contemporâneo holandês, teve seu próprio stand.
A programação contou também com o lançamento do livro
"Caminhos da Cor" de Sergio Telles.
Beatriz Milhazes - Policromia s/ papel
90 x 120cm -
2000 (Galeria H.A.P.)
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Sala Especial:
Fotografia arte e técnica - imagens de 170 anos de história
A 17ª edição do Salão de Arte ocorreu na semana que
compreendeu o dia 19 de agosto, conhecido como "Dia Mundial da
Fotografia", em referência à comunicação da invenção da daguerreotipia,
feita em Paris, em 19 de agosto de 1839. Uma semana, portanto, mais do que
oportuna para celebrar essa invenção que mudou a forma de relacionamento do ser
humano com o mundo a ponto de Bachelard ter denominado o século XX de
"século da imagem" e nosso tempo ser conhecido como "a
civilização do olhar".
O ano de 2010 assinalou o 170º aniversário da introdução da
daguerreotipia no Brasil. A proposta para o 17º Salão de Arte da Hebraica foi
montar uma espécie de Gabinete de curiosidades fotográficas a partir da Coleção
Daniel Karp Vasquez, retraçando a evolução técnica da fotografia desde os
primórdios até a atual fase de transição para a imagem digital, enfatizando o
papel do livro não só como elemento de difusão fotográfica mas também, e
principalmente, como meio de expressão artística e/ou pessoal para os
fotógrafos; mais uma vez com curadoria de Max Perlingeiro.
de Ramón Cáceres”, com texto de Enock Sacramento e prefácio
de Ladi Biezus. Um dos destaques foi um desfile de sete joalherias em um formato
diferente, em que as modelos andaram pelo espaço expositivo portando preciosas
joias.
Novo espaço dedicado
à arte contemporânea
Consagrada como a mais tradicional e abrangente feira do
país reunindo antiquários, galerias, joalherias e decoradores, o Salão de Arte
preparou para a sua 18ª edição uma inovação na distribuição do espaço, com a
criação do Boulevard de Arte Contemporânea. Nessa área ficaram instaladas seis
das mais conceituadas galerias do Brasil. Com a nova distribuição interna os
visitantes tiveram mais espaço para circulação e mais facilidade para a
localização dos expositores. Comandado por Vera Chaccur Chadad, o Salão de Arte
ocupou um espaço de 3.500 metros quadrados dividido entre 20
antiquários, nove joalheiros, uma livraria, um stand de decoração, além de 24
galerias de arte.
Em 2012 o Salão de Arte apresentou um mix de arte composto
por obras modernas e contemporâneas, gravuras, peças e livros raros, galerias,
joalherias, antiquários, fotografias e decoradores.
Esse ano, o salão
adotou um modelo de decoração oposto ao ambiente clássico das galerias e feiras
do setor. Com o uso de tecido e madeira, e sem o silêncio e o branco
tradicionais dos endereços comerciais, os visitantes podem se sentir à vontade
para conhecer a exposição e entrar nos estandes. Participaram do Salão de Arte
cerca de 70 expositores, sendo dois estrangeiros e o restante de diversos
estados do país.
Um público estimado em 18.000 visitantes, entre artistas,
apreciadores de arte e formadore s de opinião, superou o valor movimentado em 2011. Em uma área de 3.500
m² , a programação teve ações como abertura beneficente,
coquetéis em vários estandes e noites de autógrafos.
Nicolau Fachinetti - Praia do Russel, Óleo sobre madeira - 40 x 67,5cm. (Mauríco Pontual 2010) |
2013 - 20 anos do
salão
O Salão de Arte de São Paulo comemora este ano sua 20ª
edição e se firma como evento de arte mais tradicional do país. Apresentando um
mix de arte composto por obras modernas e contemporâneas, gravuras, peças e
livros raros, galerias, joalherias, antiquários, fotografias e decoradores, a
novidade deste ano é uma sala especial dedicado à arte do Graffiti.
Reconhecido também por sua credibilidade e profissionalismo,
o Salão de Arte tem curadoria, organização e direção de Vera Lucia Chaccur
Chadad. "São 20 anos de muita luta para fazer o Salão de Arte se tornar
parte do calendário de São Paulo, prestigiando artistas e galeristas do Brasil
e do exterior. O crescimento é resultado de muita dedicação tanto da
organização quanto dos colaboradores", comemora Vera.
Acompanhando um grande movimento do mundo das artes no
sentido da arte urbana, a curadoria do graffiti está nas mãos do artista visual
paulistano Thiago Mundano, criador do projeto Pimp My Carroça. Para esta edição
comemorativa do Salão de Arte, Mundano convidou para integrarem a sala especial
os artistas Evol, Mauro, Paulo Ito, Sliks, além de inserir uma obra dele mesmo.
"O Salão é reconhecido pelas obras de grandes artistas consagrados no
campo das artes e muitos deles não estão mais vivos. A ideia da sala do
graffiti é trazer um frescor para esse ambiente, com artistas bons e em
atividade", explica o artista.
"As pinturas e instalações que vão compor a exposição
batizada de 'Artevidade' serão inéditas e também algumas do acervo da Galeria
Parede Viva".
Neste ano, participam do Salão de Arte mais de 65
expositores, sendo cinco estrangeiros vindos de Portugal, Uruguai e Argentina,
e o restante de diversos estados do país. A expectativa é atrair 18 mil
visitantes e superar o valor movimentado em 2012. Em uma área de 3.500 m² , a programação
prevê ações como abertura beneficente, coquetéis em vários estandes e noites de
autógrafos.
Nas paredes do evento estarão ainda mural em graffiti do
artista Eduardo Kobra e fotografias da cidade de Nova Iorque de Marcos Rosset.
Uma exposição com cerca de dez lustres Baccarat também vai compor o espaço
expositivo.
O Salão de Arte vem, mais uma vez, representar a força e o
crescimento do mercado de arte no Brasil e mantém a tradição de atuar em
projetos de responsabilidade social. Nesta edição, como nas anteriores, o Salão
terá a sua renda integral da bilheteria e do coquetel da noite de abertura
revertidos à ACTC - Associação de Assistência à Criança e ao Adolescente
Cardíacos e aos Transplantados do Coração. A entidade presta atendimento
multidisciplinar à criança cardíaca e aos transplantados do coração,
encaminhados pelo Instituto do Coração, Incor (HC-FMUSP), bem como a seus
familiares.
Altar, Minas Gerais, século XVIII - (Luiz Machado de Mello -
2003)
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