RUMOS e DESTINOS - "Tenho em mim todos os sonhos do
Mundo.", de José Moura-George
O Museu Brasileiro da Escultura, no dia 04 de junho, com
vernissage a partir das 19h., abre sua exposição " Rumos e Destinos" de José
Moura-George. Estarão expostas pinturas acrílicas sobre tela e papel artesanal,
um total de 30 obras.
A pintura de Moura-George pretende no ato de, habitar
pensando na tela, aparentar um paisagismo conceptual, onde, em paralelo ao
rigor construtivo das geometrias a luminosidade das cores nos leve para a
sustentável certeza da ponderabilidade. Suas obras criam imagens de paisagens
perdidas, linhas do horizonte, que se formam no olhar.
Essa dualidade estimula o movimento, conflito interior, a
cor e a dinâmica dos cincos sentidos unidos num único sentido - o olhar -.
Padrões, de Zaida
Siqueira
Com vernissage no dia 20 de junho às 19h e aberta para
visitação entre os dias 21 de junho e 7 de julho, das 10h às 19h, o MuBe exibe
os registros fotográficos de Zaida Siqueira sobre os padrões existentes na
natureza, nas rendas, nos tecidos e em objetos do cotidiano.
"Linhas retas, sinuosas, convergentes, paralelas, que se afastam ou se reúnem, formando todo tipo de desenho: repita um deles de maneira regular e terá um padrão, como na estampa de um tecido, a forma de uma renda, a decoração de um azulejo, os vazios e cheios de uma escultura… Visíveis nas coisas mais diversas e numa infinidade de variações, padrões existem em todas as culturas porque são capazes de traduzir de forma simbólica elementos essenciais da experiência humana. Eles condensam valores e crenças formados desde tempos imemoriais por diferentes sociedades, indissociáveis do ambiente natural em que vivem seus membros e, antes deles, viveram seus antepassados. Que se tome um povo indígena da Amazônia e se verá que os padrões presentes em sua cultura traduzem uma visão de mundo, uma cosmologia que sustenta sua organização social, mitos que falam de sua origem, ritos que marcam o lugar dos indivíduos na comunidade e seu destino após a morte… Isto é o que ganha forma simbólica e expressão visível nos padrões que se repetem, dos desenhos de sua pintura corporal aos de sua cestaria ou suas peças cerâmicas.
Entretanto, o que nos parece familiar em tais padrões próprios à cultura de outros povos distantes de nós, no tempo e no espaço? Há aqui uma razão profunda. Embora em cada cultura os padrões tenham significados específicos, em suas formas e desenhos eles são universais. Há muitas maneiras de se empreender uma viagem pelo mundo dos padrões que encontramos no dia a dia de nossa experiência, nas formas da natureza e naquelas criadas pelo homem. Com seu olhar atento e amoroso, a fotógrafa Zaida Siqueira e a artista plástica Heloísa Nilo nos convidam, com suas diferentes linguagens, a compartilhar com elas uma mesma alegria de redescoberta das coisas do mundo, e a mesma lição de sabedoria a que ela pode nos conduzir." Maria Lucia Montes
Lucy Citti Ferreira
De 15 de junho a 19 de outubro de 2013. A mostra trará a
público um recorte de um conjunto recentemente doado ao museu que evidenciará a
contribuição da artista para a história da arte brasileira.
Alexandre Estrela -1 Homem entre 4 paredes
De 26 de maio a 4 de agosto. A Pinacoteca do Estado de São
Paulo apresenta a exposição 1 Homem entre 4 paredes. A instalação é composta por um túnel de 22m
que termina numa sala onde é projetada a imagem muito ampliada de uma tatuagem,
composta por cinco pontos, ao mesmo tempo, em que é emitido um som cujo volume
aumenta gradativamente de acordo com a intensificação da velocidade da
projeção. A relação entre o espectador e o trabalho deixa de ser de observação
e se torna uma intensa experiência física.
Alexandre Estrela (Lisboa, 1971), é considerado um dos
principais artistas da nova geração portuguesa e esta é a primeira individual
do artista no Brasil. Seu trabalho teve suas primeiras apresentações públicas
no início da década de 90 em exposições coletivas, tais como Artstrike (1991),
Independent Worm Saloon (1994) ou Wallmate (1995), entre muitas outras, que
reuniram alguns dos mais significativos artistas de uma nova geração. Tomando
como ponto de partida as práticas conceptuais dos anos 1970 e desenvolvendo-as
num momento de radicais alterações tecnológicas, esta geração reconfigurou o
objeto artístico e alterou radicalmente o horizonte da produção nacional. As
suas obras produzidas dentro desse contexto tecnológico da informação promovem
um contínuo deslocamento entre formas e categorias estéticas. Assim, os vídeos
de Alexandre Estrela nos levam a questionar o sentido da visão e mesmo o nosso
entendimento do que vemos. O artista mantem em Lisboa um importante espaço para
exibição de filmes e vídeos experimentais, o Oporto, que aglutina toda uma
geração interessada nas possibilidades tecnológicas da imagem.
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