Por Jair Marcos Vieira
Catedral do Whisky,
espaço inédito em SP, para poucos
Um colecionador
brasileiro construiu e inaugurou no ano passado a Catedral do Whisky,
em Itatiba (SP), abrigo da maior coleção da bebida da América
Latina. Pelo ritmo do crescimento do acervo ali reunido, promete ser
a maior do mundo. A catedral é criação de José Roberto Briguenti,
60, dono de uma das maiores empresas de terraplanagem do Brasil, a
Terram®. Ele começou colecionando cachaças, mas em pouco tempo
descobriu que a variedade no universo do uísque era bem maior. Nos
últimos cinco anos, arrematou garrafas raras e incorporou outras
coleções ao seu acervo. Hoje, a coleção de Briguenti reúne mais
de 10 mil garrafas, das mais variadas procedências, idades e
inusitados formatos. Na sua casa de campo, a 70 km da capital
paulista, a primeira amostra que o visitante tem é do acervo de 2,5
mil minigarrafinhas, aquelas dos frigobares de hotel. Estão
distribuídas em estantes de imbuia, e forram, do chão ao teto, oito
a dez prateleiras com cerca de 20m de comprimento cada. É só o
aperitivo. Quando se entra na casa, aparecem peças que impressionam.
Numa das salas, todas as paredes são forradas por armários, tipo
cristaleiras, que guardam mil garrafas vazias de bourbons, scotchs e
uísques de centeio ou milho com formas absurdas. Há peças com o
formato de artistas, políticos e personagens. Tem a Marilyn Monroe,
presidentes dos EUA, o Groucho Marx, a Pocahontas, o Rei Arthur, o
feiticeiro Merlin... Só de Elvis Presley há onze garrafas
diferentes, todas em porcelana, em marcas como Jim Beam, Kentucky
Colonel, Lionstone e McCormick. Há ainda cerca de 130 garrafas em
formato de carro: de corrida, a vapor, bondes, ônibus etc. No centro
dessa sala, há um tabuleiro de xadrez onde as peças são 32
garrafas de uísque da Old Crow Kentucky Bourbon, cada uma com o
formato referente à sua função no jogo. Num pequeno armário, mais
curiosidades: sabonetes de uísque, mamadeiras com scotch, perfumes
de uísque e outros artigos feitos com o destilado. Aí vem a sala de
sinuca, ornamentada com aproximadamente mil garrafas, muitas delas
vazias. São raridades como os minialambiques de cobre Whyte &
Mackay e as efígies egípcias da Mitchers. Em um quartinho
reservado, uma das joias da coroa: um conjunto de 80 garrafas de
cerâmica Royal Doulton com mais de 100 anos das marcas escocesas
Dewar's e Watson's. Chega-se a hora de finalmente adentrar o templo
sagrado, a catedral propriamente dita. Erguida em um prédio isolado
da casa, com salão e mezanino, tem aproximadamente 7 metros de
largura e 15 de comprimento. Ao entrar, não há visitante que não
fique de queixo caído. Todas as paredes são forradas com garrafas
enfileiradas e distribuídas por nove andares de prateleiras de pinho
de riga, cajazeira e cedro. No hall, sofás e poltronas que convidam
à degustação e móveis que remetem ao ambiente das catedrais:
genuflexórios, altares barrocos do século 17 trazidos de Minas,
vitrais, relicários guardando preciosidades, difusores de mirra,
cálices de prata e até um confessionário. No teto, lustres de
cristal resgatados das demolições de um hotel no bairro da Luz e da
mansão da família Pignatari. A coleção não está pronta. Nos
próximos meses, Briguenti e seu colega Rubens Didone, que o auxilia
na montagem da coleção, pretendem catalogar todos os itens,
colocá-los em ordem lógica e dar destaque às preciosidades do
acervo. Ele pretende disponibilizar a coleção em um site, ainda em
desenvolvimento. Por enquanto, só abre as portas de sua catedral
para colecionadores e aficionados por uísque. E tem que ser amigo de
seus amigos. Maiores informações pelo email
jrbriguenti@terram.com.br ou pelo tel. (55) (11) 9947-6000. (Fonte:
Kike Martins da Costa, especial para o iG São Paulo)
Casa 8 leiloou
acervo de Clodovil
Deu no Fantástico e na
primeira página do UOL. A divulgação que antecedeu o evento foi
intensa em muitos veículos e causou furor. Com estimativa de no
mínimo 300 pessoas, o Leilão do Espólio de Clodovil Hernandes foi
um imenso sucesso no último mês de abril. "Claro, essa soma
seria ainda maior se contássemos o número de lances prévios e
telefonemas ao vivo dos que participaram do evento", dizem os
organizadores do principal leilão que a Casa 8 realizou em muitos
anos. Disputas acirradíssimas marcaram mais um dia de leilão da
casa. O sucesso do pregão também gerou grande felicidade nos
próprios participantes, que levaram um pouco de Clodovil Hernandes
para seu acervo pessoal. Alguns itens tiveram maior destaque durante
a exposição e o leilão em si. Como todos os lotes (com exceção
das joias) eram de lance livre, ou seja, com primeiro lance a partir
de R$ 20, o interesse do público cresceu. Um desses itens, por
exemplo, foi o piano da marca Challen, que entrou por R$ 20 e acabou
sendo vendido por R$ 30.500 (!). Além deste, o baú Louis Vuitton
foi leiloado por R$ 23 mil. Mas, obviamente, o destaque da noite foi
a gravatinha borboleta de brilhantes do ex-deputado federal.
Atingindo a incrível quantia de R$ 46 mil, a joia única foi vendida
para um arquiteto que estava presente no leilão.
A estimativa total do
leilão foi acima do esperado. Estipulando um valor entre R$ 160 mil
e R$ 200 mil, seus organizadores ficaram surpresos com os resultados:
no total, foram arrecadados R$ 370 mil, que terá como destino o
pagamento de dívidas deixadas por Clodovil. O próximo leilão da
casa, que acontece em maio, nos dias 17 (a partir das 21h) e 19 (às
17h), terá exposição entre os dias 11 e 16/5, das 11h às 20h, em
parceria com o Superbid (leilão pela internet - veja anúncio nesta
edição). Casa 8 Leilões. Tel.: (11) 3083- 3012. Facebook: Casa 8Leilões (ou Casa Oito Leilões). casa8leiloes@casa8leiloes.com.br /
www.casa8leiloes.com.br.
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