Aos 46 anos, Valmir, nascido em Belo Horizonte, começou a pintar recentemente, em 2008. Na época, esticava os panos sobre a madeira que encontrava e fazia uma tela. Suas obras eram expostas próximo ao local em que trabalhava como lavador de carros na zona sul de Belo Horizonte.
Foi através da persistência em mostrar a sua arte que Valmir recebeu apoio e hoje é um artista reconhecido por sua simplicidade e originalidade.
Em cada obra, uma nova localidade, muitas vezes nunca visitada pelo artista.
Destas viagens imaginárias surgiram obras que representam lugares turísticos da cidade em que reside, Belo Horizonte, ou de lugares que sempre teve admiração e gostaria de conhecer como a Alemanha, Rio de Janeiro e Ouro Preto.
A cada nova tela o pintor busca recriar lugares através da sua interpretação. Sempre utilizando cores fortes, este colorista nato trabalha a tinta acrílica de forma aleatória obtendo uma singular e bela combinação de cores.
O processo criativo do pintor tem início através da pesquisa do lugar em que vai ser trabalhado. Após a escolha do lugar é feito o esboço do desenho à lápis para depois ganhar forma e cor. A intenção nunca é copiar o lugar e sim recriá-lo à sua percepção.
Com exposições realizadas em Belo Horizonte na Cemig, Serraria Souza Pinto, Shopping 5ª Avenida e até mesmo em São Paulo no Salão da Hebraica, a cidade de Petrópolis recebeu e pode apreciar a arte de Valmir Silva, do dia 17 de março até 15 de abril na Fazenda Imperial - Estrada União e Indústria 14.999, Itaipava.
O convite surgiu ao expor no Salão da Hebraica em São Paulo cujo curador Fernando Braga, encantado com a simplicidade e originalidade do artista, entrou em contato como o antiquário Marco Grili.
Desafio aceito, Valmir foi até uma lan house próxima à sua casa e pesquisou no Google os principais pontos turísticos da Serra de Itaipava. O resultado foi uma coleção exclusiva de quadros sobre a região, onde alegria e descontração permeiam lugares de grande relevância histórica para o país.
Foram recriados espaços como o Palácio Quitandinha, Castelo Imperial, o Jardim Japonês, a Casa dos 7 Erros, o Relógio das Flores junto à Universidade Católica de Petrópolis, o Palácio de Cristal, além de outros pontos da cidade serrana.
A obra que mais emocionou o artista foi a tela que representa o Jardim Japonês visto de uma diferente perspectiva. No entanto, o principal local que o artista pretende conhecer pessoalmente é a Casa de Santos Dummont, devido à sua genialidade e criatividade.
Emocionado com as conquistas através da sua arte, Valmir fala dos seus projetos futuros que vão desde convites já feitos para novas exposições em outros estados até novas formas de apresentação de suas obras.
Por Cecília Galvão
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