Destaques


Por Litiere C. Oliveira

Da ArtRio para a Tate Modern

A melhor decisão que tomei este ano, seguindo uma programação, foi viajar para a Europa no terceiro dia da ArtRio, deixando para trás a arrogância e a empáfia dos organizadores da feira (exceção feita a Elisângela Valadares). Foi muito mais gratificante visitar, logo no dia 16, a magnífica exposição Edvard Munch: The Modern Eye na Tate Modern, em Londres, cuja reportagem vocês conferem nesta edição. E logo em seguida assistir a uma performance no Turbine Hall, para depois me deliciar com o acervo do museu, apreciando Matisse, Malevich, Picasso, Warhol, Dali, De Chirico, Francis Bacon e Chagall. Muito mais interessante do que ver as obras de arte suspeitas e estranhas apresentadas por algumas galerias estrangeiras, essas sim, sem nível para participar de uma feira internacional desse porte. Obras tão estranhas que um conhecido colecionador de arte do Rio foi repreendido por jogar um copo descartável de café numa caixa; o que ele pensava ser uma espécie de lata de lixo, na verdade era uma obra de arte de uma galeria estrangeira.

Imprensa

A ArtRio - Feira Internacional de Arte Moderna e Contemporânea chegou ao sucesso imediato muito graças à imprensa, incluindo a especializada. Por isso, achei um absurdo as revistas de arte brasileiras aceitarem ser embutidas em cubículos no fundo do armazém 4 do Píer Mauá. Mereciam mais respeito e um melhor tratamento. A organização me ofereceu colocar um expositor de A Relíquia, que recusei. Preferi distribuir exemplares do jornal entre os expositores e o público, além de colocar jornais no Espaço Vip (enquanto permitiram, porque logo apareceu umazinha dizendo que eu não sou vip, e portando ao mar).

O passado presente


A máxima "Não se pode construir o futuro sem um passado" é levada muito a sério na Inglaterra. Não sei se foi coincidência, mas é emblemática a construção de uma passarela de pedestres ligando a Tate Modern à Catedral de St. Paul, fazendo a ponte entre o passado e o presente. Para o governo brasileiro, o passado é um incômodo.


Exposições em Paris

Entre outras, duas exposições temporárias chamaram a minha atenção em Paris: O Impressionismo e a Moda, no Museu d'Orsay, que fica em cartaz até 20 de janeiro de 2013 e depois vai para o Metropolitan de Nova York, e Canaletto-Guardi, os dois mestres de Veneza, no museu Jacquemart-André, até 14 de janeiro de 2013. Aguardem a reportagem nas próximas edições.

Nelson Leirner na Tate


Logo à direita da entrada do salão de exposição permanente da Tate Modern, me daparei com uma obra do artista brasileiro Nelson Leirner. Trata-se de Homenagem a Fontana II, de 1967 (foto).

Masp comemora 65 anos de vida

O Museu de Arte de São Paulo (Masp) comemora em 2 de outubro seu 65º aniversário, mas a festa começa apenas na quinta-feira, dia 4, com três eventos.

A partir das 10h até as 18h, o museu oferece entrada livre aos visitantes, que poderão conferir a exposição O Espectro Diverso - 600 anos de Cerâmica Coreana e outras quatro mostras. Também de graça, na quinta, o público pode assistir à Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo. À noite, apenas para convidados, o maestro João Carlos Martins rege a Filarmônica Bachiana do Sesi SP, no Grande Auditório.

O Masp foi fundado em 1947, criado pelo jornalista Assis Chateaubriand e pelo crítico de arte italiano Pietro Maria Bardi. O prédio foi desenhado por Lina Bo Bardi, uma construção com um vão livre de 74 metros que virou cartão postal de São Paulo. O acervo do museu é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e possui atualmente cerca de 8 mil peças. Aos domingos acontece a Feira de Antiguidades do MASP, criada há mais de 25 anos, uma atração para colecionadores, amantes de arte para o público em geral.

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