III Bienal da Escola de Belas Artes/ UFRJ

Comemorando 195 anos de história da EBA, projeto reúne produção artística de alunos da graduação, conjuntamente a artistas convidados, além de incluir programação com música, debates, seminários e videoarte. Projeto marca início do funcionamento da Casa de Cultura Almir Paredes, na Glória
Arte, pensamento e diversão andam juntos na III Bienal da Escola de Belas Artes/UFRJ, que está acontecendo desde novembro, na Casa de Cultura Almir Paredes, na Glória, novo centro cultural do Rio, ambientado num sobrado centenário que ganhou uma grande reforma para abrigar galerias, auditórios e um charmoso bistrô em sua estrutura. 

Jéssica Depovoá - Maria dá a volta, fotografia em papel algodão 30 X 45 cm


A III Bienal da EBA/UFRJ comemora o 195º aniversário da instituição com o tema COMTRADIÇÃO, proposta mapeada através de trabalhos que representam a atual produção dos artistas dos 14 cursos de graduação e de Pós-Graduação (PPGAV) da EBA conjuntamente a obras de artistas convidados.
A realização da Bienal é fundamental para pontuar a produção contemporânea, mostrando que a EBA é um dos principais pólos de formação de artistas no país. “Estamos inseridos no contexto internacional das artes", destaca o diretor da EBA, Prof. Doutor Carlos Terra. Nessa comemoração quase bicentenária, o tema COMTRADIÇÃO proposto pela Comissão Curadora aponta e enfatiza uma problemática imersa nas estruturas da produção da Escola: como conciliar as qualidades geradas por sua tradição com a contemporaneidade da produção artística? O resultado dessa proposta gerou trabalhos que apontam para a principal característica observada nos espaços de ensino da EBA e na produção de conhecimento gerado pela parceria entre estudantes e professores: a pluralidade de técnicas, linguagens, propostas e poéticas, que tanto enriquecem sua história. A III Bienal da EBA é coordenada pelo Diretor Adjunto de Intercâmbio Cultural, prof. Antonio Guedes. E o catálogo da exposição coordenado pela Professora Doutora Patricia Corrêa. "A III Bienal da Escola de Belas Artes da UFRJ procurou refletir sobre a importância da convivência entre a tradição e a contemporaneidade. Mergulhar nessa instituição de temporalidade ambígua - afinal, são quase 200 anos, que contam boa parte da história do Brasil - é entrar num ambiente no qual a diversidade de modos de pensar que a EBA abriga se mostra num rico e profícuo diálogo", destaca o Diretor Adjunto de Intercâmbio Cultural, prof. Antonio Guedes.

História
A Escola de Belas Artes (EBA) possui uma longa trajetória que remonta à missão francesa ao Brasil, em 1816. Sua modernidade foi construída com várias tendências. Em 1975, foi incorporada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nos últimos anos, passou por grandes transformações e reafirmou sua posição como geradora de pensamento e práticas artísticas.
Desde o tempo do Império, exposições de caráter permanente geraram uma tradição: a então denominada Academia Imperial de Belas Artes levou sua produção ao grande público e apresentou seus artistas à sociedade da época. No século XX, a Escola passou por importantes transformações e a partir da década de 1970, iniciou edições periódicas do então chamado "Salão dos Alunos da Escola de Belas Artes". Em 2007, este evento passou a ser denominado Bienal  ampliando a colaboração a todos os cursos da Escola: Pintura, Escultura, Gravura, História da arte, Cenografia, Indumentária, Paisagismo, Design gráfico, Vídeo, Fotografia. 

Renato Shamá - Utopia, téc. mista s/ tela 60 X 50 cm


Diante de tal diversidade, a Comissão Curadora organizou a produção dentro de uma lógica estrutural formada por grupos compostos por trabalhos de campos poéticos similares que possuem diálogo de COMTRADIÇÃO. Oscilando no espaço entre-núcleos, trabalhos diversos formam campos nebulosos de transição. Assim há cinco campos poéticos definidos por palavras-chave. São eles os núcleos (Etnografia, cotidiano, comportamento, cultura, identidade), (Urbano, Paisagem, Cidade), (Orgânico, Natureza), (Opostos - Dentro X Fora; Oculto X Revelado, Processo, Linha, Fluir) e ainda um quinto núcleo, que orbita os demais e possui um aspecto de transitoriedade semântica, denominado Núcleo Orbital (Vídeos e Performances (work in process; work in progress].

Serviço
III BIENAL DA ESCOLA DE BELAS ARTES 
Casa de Cultura Professor Almir Paredes
Até 18 de dezembro - de terça a domingo de 14h às 20h
Rua Benjamim Constant, 48 - Glória - Rio de Janeiro
Tel. (21) 3734 6961 - ENTRADA FRANCA

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