Terra Incógnita (2010), site specific do artista francês Miguel Chevalier, surge, no Espaço Redondo, como um contraponto à realidade crua da exposição de Miguel Rio Branco (que ocupa o espaço expositivo do MIS no mesmo período). A obra, uma instalação interativa imersiva, cria uma ilha virtual imaginária que o espectador pode explorar através de um mapa interativo, disponível em uma tela touch screen. A ilha retoma o corte de um cérebro, cujos dois hemisférios são constituídos por uma fauna e uma flora reinventadas. Milhares de pixels coloridos desenham o relevo da ilha, composto por montes, vales, rios, praias e por um mar.
A ilha de Chevalier representa todo um planeta transmutado pelas tecnologias. Em meio a suas fauna e flora desconhecidas, vemos o que parecem ser formas humanas – rostos, bustos, cabeças –, sem saber bem se são restos de corpos ou ruínas de alguma civilização que por lá passou. Nessa realidade puramente digital, porém, tudo é construto. Quando o espectador/explorador se aproxima dos objetos, as formas se tornam mais definidas e, os vetores que as criam, visíveis. O público descobre, através dessa instalação matemática e tecnológica, o imaginário artístico de Miguel Chevalier, complementado e enriquecido pela música especialmente composta por Jacopo Baboni Schilingi.
A exposição integra as atividades de comemoração dos 40 anos do Museu da Imagem do Som e de 2 anos de reabertura após reestruturação, iniciadas com a mostra ROJO® NOVA – Cultura Contemporânea. Terra Incógnita também faz parte das atividades do São Paulo Polo de Arte Contemporânea da 29ª Bienal de São Paulo, inclusive articulando-se com o tema principal do evento, arte e política.
Sobre o artista
Miguel Chevalier nasceu em 1959. Desde 1985, vive em Paris, onde faz a maior parte de sua obra. Graduou-se na École Nationale Supérieure des Beaux Arts e na École Nationale Supérieure des Arts Décoratifs, ambas em Paris. Desde 1982, sua arte se dedica à exploração da tecnologia: tomando as referências da história da arte e reformulando-as com ferramentas computacionais, seus trabalhos investigam o fluxo e as redes que sustentam a sociedade contemporânea. Ele é conhecido internacionalmente como um dos pioneiros da arte digital e virtual.
Este evento faz parte da programação da 4ª Primavera dos Museus, idealizada pelo Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM.
Exposição
01set - 31out2010
abertura: 31 de agosto, terça, 19h
Visitação: terça a sábado, 12h às 19h; domingo e feriado, 11h às 18h
exposições 1º andar / espaço redondo
R$4 e R$2 (estudantes); gratuito para maiores de 65 anos e aos domingos.
Mais informações: http://www.mis-sp.org.br/icox/icox.php?mdl=mis&op=programacao_interna&id_event=605
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