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Emanoel Araújo na Paulo Darzé Galeria de Arte

Com o título, "Geometria do medo", Emanoel Araújo expões suas obras na Paulo Darzé Galeria de Arte, em Salvador, depois de quase vinte e cinco anos sem realizar uma mostra na Bahia. 
Na mostra Emanoel apresenta 17 obras "relevos", todas brancas. "O relevo", diz o texto de apresentação do livro-catálogo assinado por Charles Cosac, "permite ao artista inúmeras possibilidades: tensão, movimento, ritmo, volume e forma. E não há dúvidas de que Emanoel explora tais possibilidades ao ponto máximo: rompeu com o espaço quadrangular, sangrou diversas paredes públicas (madeira para o interior e cimento para o exterior) atendendo a comissões públicas e particulares, tornou seus sarrafos mais espessos, preponderantes, independentes, pontiagudos e chanfrados; separou-os, uniu-os, curvou-os, facetou-os, coloriu-os e tencionou-os".




Emanoel Araujo nasceu em 15 de novembro de 1940, em Santo Amaro da Purificação. Realizou sua primeira exposição individual aos 20 anos, ainda na Bahia, mas numa carreira quase fulminante já mostrava sua obra em 1965 na Galeria Bonino no Rio de Janeiro e na Galeria Astreia em São Paulo. E não parou mais.
Ao longo dos anos, acrescentou ao seu currículo dezenas de exposições individuais e coletivas, não apenas em vários Estados brasileiros como em diversas partes do mundo, tendo sido contemplado, no decorrer da sua carreira, com considerável número de prêmios, em diversos países do mundo.
Dirigiu os Museus de Arte da Bahia e a Pinacoteca do Estado de São Paulo, tornando esta última um dos mais importantes museus do Brasil.
Atualmente é o Diretor Executivo e Curador do Museu Afro Brasil, sediado em São Paulo, instituição inaugurada em 2004.

Local: Paulo Darzé Galeria de Arte
Endereço: Rua Chrysippo de Aguiar 8, Corredor da Vitória, Salvador-BA
Visitação: de segunda a sexta, das 9 às 19 horas, e sábado das 9 às 13 horas. Até 22 de novembro.



Exposição África-Brasil, Ancestralidade e Expressões Contemporâneas

A mostra apresenta uma abordagem áudio visual das civilizações africanas e sua história, bem como da criatividade plástica que expressa o saber, a tradição e a simbologia epistemológica dos povos africanos na sua expressão plástica brasileira atual. O legado africano se expressa em duas vertentes: a cultural-artística e a dimensão política de defesa dos direitos humanos dos povos negros escravizados e discriminada.
 A exposição, que integra uma ação contínua no campo da educação promovida pelo Ipeafro, homenageará a memória do recém-falecido pintor, poeta, escritor e professor universitário Abdias Nascimento, criador das instituições: Teatro Experimental do Negro (1944), o Museu de Arte Negra (1950) e o Ipeafro (1981-presente).
 Baseada no conteúdo do acervo Abdias Nascimento / Ipeafro, a mostra reúne pinturas de Abdias e de quatro artistas convidados, bem como peças criadas pelo Ipeafro como a Linha do Tempo dos Povos Africanos onde está ilustrada como os africanos produziram cultura e conhecimento durante milênios em liberdade e soberania.



Abdias Nascimento - “Oxum em êxtase”. Acrílico sobre tela


 Os artistas convidados que integram a mostra são José Heitor da Silva (escultura em madeira), Sebastião Januário (pintura), Luiz Carlos Gá (design gráfico) e Maurício Pestana (cartuns e cartazes). Iléa Ferraz comparece com o prêmio que ela criou e que foi outorgado a Abdias Nascimento em 2007. Durante a temporada haverá visitas guiadas para escolas e organizações comunitárias com monitores capacitados.
 Na abertura da exposição foram lançados os livros: Pestana, 30 Anos de Arte pela Igualdade, com uma a retrospectiva da obra de Maurício Pestana em três volumes e Ações Afirmativas: Análises jurídicas, publicação organizada por Renato Ferreira.

Local: Centro Cultural Justiça Federal. Avenida Rio Branco, 241 - Centro - RJ
 Visitação: de terça a domingo, das 12h às 19h. Até 4 de dezembro.



Flashes

O CIRCO DOS SONHOS.  Reúne trabalhos em videoarte e fotografias de Andrei Muller, Flávio Vasconcellos e Gustavo Speridião, integrantes do coletivo Gráfica Utópica. No acervo estarão 26 registros em preto e branco e o vídeo O Circo dos Sonhos, de 45 minutos, com o qual o trio venceu o Prêmio Rumos, do Itaú Cultural, em 2009.
Local: Museu Nacional de Belas Artes.  Endereço: Avenida Rio Branco, 199, Centro, de Terça a sexta, 10h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 17h. Até 11 de dezembro. 

GABRIEL CENTURION. Paulistano de 33 anos que transita entre o grafite, a fotografia e o vídeo, faz sua primeira individual no Rio, batizada de "Retratos de um Mundo Flutuante."
Local: Artur Fidalgo Galeria. Rua Siqueira Campos, 143, 2º piso, Copacabana, Siqueira Campos. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 10h às 14h. Grátis. Até 26 de novembro.

CLAUDIA HERSZ E CLAUDIA TAVARES. As artistas ocupam com suas individuais os salões do Espaço Cultural Sérgio Porto. A mostra Khaza, tem curadoria de Bernardo Mosqueira.
Local: Espaço Cultural Sérgio Porto. Rua Visconde Silva, s/nº, Humaitá, de quarta a domingo, 14h às 21h. Até 20 de novembro.

CLÉCIO PENEDO. Considerado um dos principais nomes do desenho brasileiro contemporâneo, Penedo (1936-2004) é lembrado na retrospectiva "Notas de um Percurso Gráfico - 50 Anos de Arte". Reunido para marcar a passagem de seus 75 anos de nascimento, o acervo selecionado pelo curador Edson Borges apresenta 120 obras.
 Local: Museu Histórico Nacional - Casa do Trem. Praça Marechal Âncora, s/nº, Centro, de Terça a sexta, 10h às 17h30; sábado, domingo e feriados. Até 25 de novembro.

DANIEL BLAUFUKS E ENRICA BERNARDELLI. Os dois artistas são os convidados da 14ª edição do Projeto Respiração. Marcio Doctors assina a curadoria do evento que promove intervenções de arte contemporânea no acervo da Fundação Eva Klabin, sede de uma rica coleção que abrange do Egito antigo aos impressionistas.
Local: Fundação Eva Klabin. Avenida Epitácio Pessoa, 2480, Lagoa, de terça a domingo, 14h às 18h. R$ 10,00. Até 6 de novembro.

Por Maria Helena Avena

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